Com o início da Quaresma nesta quarta-feira (5), um período tradicional de penitência e reflexão para católicos, parte dos fiéis tem adotado dietas vegetarianas durante todo o período. No Brasil, onde 51% da população se declara católica, segundo dados do IBGE (Censo 2022), a abstinência de carne às sextas-feiras é uma recomendação da Igreja Católica.
Uma pesquisa realizada pelo IBOPE em 2018 apontou que 14% dos brasileiros com mais de 16 anos se declaravam vegetarianos, totalizando aproximadamente 22 milhões de pessoas. O levantamento indicou um crescimento no número de indivíduos que evitam o consumo de carne em comparação com anos anteriores.
O Papa Francisco, na encíclica Laudato Si’ publicada em 2015, mencionou a necessidade de preservação ambiental e responsabilidade no consumo de recursos naturais, aspectos considerados por fiéis que adotam dietas sem carne no contexto religioso (Vaticano).
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) não possui registros específicos sobre a adoção do vegetarianismo por católicos durante a Quaresma. No entanto, paróquias em algumas regiões do país têm relatado um maior interesse por dietas sem carne no período, segundo relatos de líderes religiosos.
Movimentos semelhantes já foram observados em outros países, como os Estados Unidos, onde a campanha Meatless Fridays incentiva a redução do consumo de carne às sextas-feiras. No Brasil, a prática de abstinência alimentar na Quaresma segue sendo uma recomendação da Igreja, com variações individuais entre os fiéis.