Com a proximidade do fim do ano, o 13º salário volta a representar um alívio no orçamento de milhões de brasileiros. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), cerca de 95,3 milhões de trabalhadores devem receber o benefício, com valor médio estimado em R$ 3.512,00. Especialistas reforçam que o planejamento é o principal aliado para evitar desperdícios e usar o recurso de forma estratégica.
Organização prévia evita gastos impulsivos
De acordo com o consultor financeiro Renan Diego, a falta de organização é o principal fator que leva muitas pessoas a perderem o controle sobre o dinheiro extra.
“Muitas pessoas recebem o valor e acabam gastando tudo de uma só vez. O ideal é que o planejamento seja feito antes mesmo de o dinheiro cair na conta. É importante definir prioridades e analisar a situação financeira atual”, afirma.
Estratégias para aproveitar melhor o benefício
O consultor destacou quatro medidas essenciais para direcionar o uso do 13º salário:
1. Levantamento completo das finanças
Renan orienta que o primeiro passo é avaliar a situação financeira da família. Isso inclui identificar dívidas em aberto, verificar contas atrasadas e analisar a necessidade de regularizar compromissos essenciais, como condomínio, financiamento, serviços básicos e outras despesas recorrentes.
2. Priorização das dívidas com juros mais altos
Para quem possui dívidas acumuladas, o especialista recomenda listar todas elas e identificar quais têm maiores taxas de juros. A orientação é destinar 50% do 13º salário para quitar por completo uma das dívidas — especialmente a que oferece desconto para pagamento à vista ou apresenta maior custo financeiro.
“Evite dividir o dinheiro para pagar apenas parte de várias dívidas. Quitar uma delas integralmente é mais eficiente para quebrar o ciclo do endividamento”, reforça.
3. Formação de reserva de emergência
Criar uma reserva financeira é outra recomendação. Segundo Renan, o ideal é ter guardado o equivalente a até seis meses de salário para situações imprevistas, como perda de emprego ou mudança profissional. Ele sugere que 50% do benefício pode ser destinado a essa construção inicial.
4. Aplicação em investimentos simples e de baixo risco
O consultor destaca que investimentos conservadores podem ser uma opção para quem deseja preservar o dinheiro.
“Aplicar o bônus em CDBs com rendimento superior a 100% do CDI pode ser vantajoso, por oferecer liquidez e retorno maior que a poupança”, explica.























