Os sindicatos que compõem a Federação Única dos Petroleiros (FUP) iniciaram, nesta terça-feira (2), assembleias para deliberar sobre a deflagração de uma greve nacional por tempo indeterminado a partir de 15 de dezembro.
As votações ocorrem após o fim do prazo dado à Petrobrás e suas subsidiárias para apresentarem uma nova contraproposta para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e para pontos considerados centrais pela categoria.
Na quinta-feira (27), a FUP reenviou à estatal a solicitação de uma proposta objetiva para solucionar os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros. Segundo a federação, o tema é urgente devido ao impacto financeiro acumulado ao longo dos anos, especialmente para aposentados e pensionistas.
A entidade também reivindica avanços nas negociações do ACT, sem aplicação de ajustes fiscais sobre salários e carreiras. Outro ponto da pauta é a defesa de uma Petrobrás pública, sem privatizações e sem mudanças no modelo de negócios que, segundo a FUP, possam fragilizar a companhia.
Aposentados retomam vigília no dia 11
Paralelamente às assembleias, aposentados e pensionistas de diferentes regiões do país retomarão, a partir de 11 de dezembro, a vigília em frente ao edifício-sede da Petrobrás (Edisen), no Rio de Janeiro. O ato busca reforçar a cobrança por uma solução definitiva para os PEDs, tema que a federação considera essencial para o avanço nas negociações do ACT.
As representações regionais permanecerão mobilizadas no local durante o período de negociação, com o objetivo de chamar atenção para o impacto dos equacionamentos na renda de milhares de famílias.
A FUP afirma que segue aberta ao diálogo e aguarda manifestação da Petrobrás sobre os pontos pendentes. O resultado das assembleias ao longo da semana deve definir os próximos encaminhamentos da categoria para a segunda quinzena de dezembro.




















