A partir da zero hora da próxima segunda-feira (15), trabalhadores das bases da Federação Única dos Petroleiros (FUP) entram em greve por tempo indeterminado. A paralisação foi aprovada por unanimidade nas assembleias realizadas em todo o país, encerradas na quinta-feira (11), e o comunicado oficial foi encaminhado à Petrobrás nesta sexta-feira (12).
Segundo a federação, a decisão reflete o impasse nas negociações com a empresa e a insatisfação da categoria com a condução do diálogo pela atual gestão.
Reivindicações da categoria
Entre os principais pontos de reivindicação estão a distribuição da riqueza gerada pela estatal, a situação dos planos de equacionamento de déficits da Petros e o reconhecimento da chamada “Pauta pelo Brasil Soberano”.
De acordo com a FUP, aposentados e pensionistas vêm acumulando prejuízos financeiros decorrentes dos equacionamentos dos planos de previdência complementar, que se estendem há anos sem solução definitiva. Outro ponto citado pela entidade é a contestação a processos de retirada de trabalhadores de unidades operacionais, associados à desativação de plataformas, além de demissões no setor de Exploração e Produção (E&P).
Mobilização nacional dos petroleiros
As assembleias realizadas de norte a sul do país indicaram mobilização expressiva da categoria, que defende a construção de um acordo coletivo capaz de recompor direitos e melhorar as condições de trabalho de empregados próprios e terceirizados.
Greve será integrada a acampamento no Edisen
A partir do início da paralisação, o movimento grevista será integrado ao acampamento mantido por aposentados e pensionistas em frente ao Edifício Senado (Edisen), no Centro do Rio de Janeiro, sede administrativa da Petrobrás. A iniciativa busca reforçar a articulação entre trabalhadores da ativa e aposentados.
Vigília de aposentados e pensionistas
Desde quinta-feira (11), representantes de sindicatos, aposentados e pensionistas mantêm uma vigília permanente em frente ao Edisen. O grupo afirma que permanecerá no local até que a empresa apresente formalmente uma proposta relacionada às discussões da Comissão Quadripartite, que envolve entidades representativas, órgãos reguladores e a fundação Petros.
Tensão durante as manifestações
A mobilização ocorre em meio a um ambiente de tensão. Segundo os participantes, a instalação de barreiras físicas no entorno da sede administrativa teria restringido o acesso ao local, gerando conflitos durante as manifestações. Para os representantes da categoria, as medidas dificultam o direito à livre manifestação dos trabalhadores e aposentados.



















