A adoção de meios de pagamento digitais está modificando a forma como consumidores se relacionam com o dinheiro no Brasil, na América Latina e na Espanha.
De acordo com o estudo “A digitalização e democratização dos pagamentos do consumidor”, elaborado pela Nuek em parceria com a AFI (Analistas Financeiros Internacionais), a expansão dessas ferramentas vem promovendo maior inclusão financeira e estimulando a competitividade no setor.
Pesquisa internacional
O levantamento foi realizado a partir de mais de 5.200 entrevistas em países como Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Peru, República Dominicana, Uruguai, Espanha, Itália, Portugal e Reino Unido.
Entre as conclusões, destaca-se que 66% dos consumidores bancarizados tiveram de utilizar um método de pagamento diferente do que prefeririam no último ano, devido a limitações de aceitação, falhas tecnológicas ou restrições operacionais.
Pix lidera no Brasil
No Brasil, o Pix consolidou-se como um dos principais sistemas de pagamento do mundo, respondendo por mais de 30% das transações realizadas por pessoas físicas. A praticidade, a gratuidade para usuários e a ampla aceitação em diversos setores econômicos foram fatores decisivos para a rápida adesão da população.
Avanço regional
Na América Latina, mais de 70% da população realizou pelo menos um pagamento digital em 2024. O crescimento é impulsionado pelo aumento do uso de smartphones e pela expansão das fintechs, que oferecem soluções de baixo custo, como carteiras digitais, transferências instantâneas e QR Codes.
Na Espanha, a digitalização dos pagamentos segue tendências globais, com destaque para a integração de serviços financeiros em aplicativos e a consolidação do Comércio eletrônico. A modernização da infraestrutura bancária tem tornado as transações mais ágeis e seguras.
Desafios de segurança
Apesar da expansão, o estudo alerta para o aumento das tentativas de fraude online, reforçando a necessidade de estratégias mais robustas de segurança digital e de campanhas de conscientização para os consumidores.
O relatório também identifica oportunidades para o setor com a adoção de tecnologias emergentes, como inteligência artificial, open banking e moedas digitais emitidas por bancos centrais, que podem ampliar a eficiência e a segurança das transações no futuro.