Resumo dos mercados (às 5h50):
• S&P 500 Futuro: 0,20%
• Stoxx 50: 0,79%
• Nikkei 225: 0,77%
• Shanghai Composite: -0,42%
• Treasury 10 anos: queda em 3,631%
• DXY: -0,18% em 103,33
• Minério de Ferro (Singapura): -0,89% a US$ 105,50
• Petróleo (Brent): 0,53% em US$ 76,22 o barril
O otimismo com as negociações em Washington segue reverberando nos mercados, em especial na Ásia e Europa, com DAX e Nikkei fazendo máximas mesmo com a inflação acima do consenso, enquanto futuros em NY operam em tom mais ameno, em meio à cautela com a fala de Powell, às 12h, após vários diretores do Fed cogitarem novas altas de juros nas próximas reuniões.
Juros operam com leves queda, após reprecificação forte da curva nos últimos dias. Dólar tem dia de correção após forte rali dos últimos dias e commodities operam sem direção única.
Por aqui, o IBC-Br deve confirmar o momentum positivo do 1T23, puxado pela resiliência no consumo das famílias e exportações fortes, o que deve apoiar a performance das ações cíclicas.
No entanto, a cautela com a fala de Powell deve levar à uma abertura mais amena dos ativos locais.
Ásia
Bolsas fecharam mistas, com os índices em Tóquio liderando as altas, apesar do CPI acima do esperado, com o Nikkei na máxima desde jul/90. No Japão, o CPI subiu 0,8% em abr/23, acumulando 3,5% (exp 2,5% a/a) em 12 meses.
O núcleo do CPI avançou 0,7%, crescendo 4,1% (exp 3,4% a/a) ante abr/22. Ueda (BoJ) disse que ainda é necessário manter a política monetária estimulativa devido às grandes incertezas locais e globais.
No domingo, encomendas à indústria do Japão (mar/23) às 20h50 e decisão de juros do PBoC às 22h15.
Europa
Bolsas em alta, beneficiadas pelo otimismo em NY, com os bancos liderando os ganhos, com o DAX fechando na máxima desde 2022. Na Alemanha, o PPI subiu 0,3% em abr/23, somando 4,1% (exp 4,0% a/a) em 12 meses.
No Reino Unido, a confiança do consumidor da GfK subiu de -30 para -27 pontos (exp -27) em mai/23.
O governo anunciou um plano de £1 bi para investimento em semicondutores. Schnabel (BCE) fala às 11h55 e às 13h, de Cos (BdE) e Lagarde (BCE) às 16h.
EUA
Em meio à cautela com o discurso de Powell, futuros operam de lado, após fortes altas de ontem, com o Nasdaq na máxima desde abr/22. O índice industrial Philly Fed subiu de -31,3 para -10,4 pontos (exp -20,0) em mai/23, máxima em 4 meses.
Os pedidos de seguro-desemprego caíram de 264 para 242 mil (exp 251 mil) na semana passada. Jefferson (Fed, vota) disse que a inflação está irritantemente alta, mas que os efeitos das altas de juros não foram sentidos e que a política monetária precisa ser feita olhando para frente.
Logan (Fed Dallas, vota) afirmou que os dados não justificam uma pausa na reunião de jun/23, mas que pode ser apropriado pular uma reunião e que o Fed ainda tem trabalho a fazer.
Schumer (Senado) disse que as negociações sobre o teto da dívida estão progredindo. Williams (Fed NY, vota) fala às 9h45, Bowman (FRB, vota) às 10h e Powell (Fed, vota) às 12h. Deere divulga resultado antes da abertura.
Brasil
A empolgação em NY com o acordo sobre o teto da dívida e a alta das ações cíclicas, com os investidores digerindo a aprovação da urgência do arcabouço fiscal com grande apoio na Câmara, impulsionaram o Ibovespa, que fechou em 110.108 pontos (0,59%), com saúde e varejo sendo destaques de alta.
A alta dos juros no exterior, diante de falas duras de diretores do Fed, e a manutenção de juros México levaram à alta na curva de DI futuro, apesar da estabilidade nos vértices mais curtos, em meio a falas de Cajado de que as mudanças no texto do arcabouço fiscal não levarão à expansão de gastos em R$80 bi.
No câmbio, a piora nos termos de troca e a força global da moeda americana levaram à alta do dólar, que fechou aos R$4,97 (0,68%).
Puxado pela melhora na percepção sobre a renda e do mercado de trabalho, o índice de índice de intenção de consumo das famílias da CNC (ICF) subiu de 95,7 para 98,0 pontos (21,7% a/a) em mai/23.
Na agenda, IBC-Br (mar/23) às 9h e sondagem da indústria da construção (abr/23) às 10h.