O dólar mantém sua hegemonia no comércio mundial desde 1945, fim da Segunda Guerra Mundial.
Uma outra guerra, de menor proporção, entre Ucrania e Rússia está começando a ameaçar o reinado da moeda norte-americana.
As sanções impostas pelos Estados Unidos aos russos e o aumento na taxa de juros aplicada pelo Banco Central dos EUA (FED) estão levando os países a se livrar dos dólares para diminuir a dependência e mirarem outros ativos, como o ouro.
“O movimento de compra de ouro vem crescendo. Por exemplo, em 2022, autoridades monetárias pelo mundo acrescentaram as suas reservas a maior quantidade desde a metade do século passado. A expectativa é que esses números continuem crescendo”, afirma Mauriciano Cavalcante, diretor de câmbio da Ourominas.
“Países como Brasil, China e Índia já vêm fazendo isso para repor os dólares em suas reservas em um ritmo mais acelerado desde o fim da Segunda Guerra, em 1945. Já as reservas globais em moeda norte-americana registram uma queda de 70% para 58% em 20 anos”, acrescentou.
Um dos motivos apontados também pelos especialistas é que a Rússia, é o país entre os maiores desdolarizadores e compradores de ouro dos últimos tempos. Desde o início de 2023, o ouro teve seu valor em dólar acrescido em mais de 10%.
O ouro permite a diversificação dos ativos de reserva e manutenção de seus valores em tempos de crise.
A China tem comprado muito metal precioso e negociado títulos do Tesouro norte-americano em uma tentativa de reduzir o risco da desvalorização do dólar.
“Os Bancos centrais de todo o mundo estão atentos e usando os dólares de suas reservas para comprar ouro com o objetivo de reduzir a dependência norte-americana. A Rússia quando sofreu sanções dos EUA só não sentiu mais, pois é um dos países mais desdolarizados e que mais compraram ouro nos últimos tempos. Outra questão são os títulos do Tesouro dos Estados Unidos que perderam valor em razão do aumento das taxas de juros pelo Federal Reserve. Isso vem turbinando a diversificação dos ativos”, declarou Cavalcante.
Investimento em ouro
O investimento em ouro é considerado uma garantia em tempos de turbulências econômicas.
Ele é um meio de proteção e diversificação do portifólio e que garante que o patrimônio não será afetado com a desvalorização do real em relação ao dólar.
Com as constantes baixas da Bolsa de Valores, alguns investidores escolhem o ouro no lugar de fazer a reserva no dólar. Em razão disso, os preços do metal precioso crescem com o aquecimento da demanda.
“O ouro é uma das melhores opções para quem pretende investir em momentos de instabilidade política ou agitações econômicas. Ele traz segurança. Além disso, ele consegue ficar distante das flutuações inflacionária do dinheiro e da alta e baixa na Bolsa de Valores”, diz Mauriciano Cavalcante, diretor de câmbio da Ourominas.
O ouro tem sua cotação baseada no valor do metal na Bolsa de Valores de Nova York, que é avaliada em onça-troy e tem seu preço em dólar.
No Brasil, é usado o “quilo” como a unidade de peso.
A conta é simples. É só multiplicar o valor da onça-troy pela cotação do real, e dividir o resultado por 31,1 para ter o valor do grama.
Cavalcante ressaltou que os períodos de incertezas atraem mais investidores em ouro.
“Ele mantém o patrimônio do investidor em segurança. Apresenta ainda boa recuperação em momento de instabilidade econômica pelo mundo, oscilando positivamente”, garante.
Sobre o especialista
Mauriciano Cavalcante é diretor de câmbio da Ourominas, uma das maiores empresas de compra e venda de ouro no Brasil. Bacharel em Negócios Internacionais e Comércio Exterior, o especialista comenta sobre a cotação do ouro e câmbio de moedas. Mauriciano também aborda sobre tendências do mercado nacional e internacional e sua correlação com o mercado cambial.
Sobre a Ourominas
A Ourominas (OM) possui anos de história e atuação. Ao longo desse período construiu uma sólida reputação, se consolidando como uma bem-sucedida instituição do mercado e referência no Brasil em serviços financeiros.
Atualmente a OM possui um portfólio diversificado de soluções financeiras no mercado de ouro ativo financeiro para exportação, investimento e consumo industrial, da qual é certificada na Americas Gold Manufacturers Association (AMAGOLD).
E no mercado de câmbio de moedas estrangeiras para turismo e negócios internacionais, integra a Associação Brasileira de Câmbio (ABRACAM).
Em 2021, a OM foi a primeira Instituição Financeira da América Latina a possuir as certificações ISO 9001, 14001 e 45001, e em 2022, a OM foi a primeira Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) da América Latina a possuir a certificação Great Place to Work (GPTW).
Com uma estrutura completa de consultores especializados, oferece atendimento dedicado a diversos perfis de empresa ou pessoa física, moldando os produtos às necessidades dos clientes com qualidade, agilidade e baixos custos operacionais.