O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 2,71% em fevereiro, percentual inferior ao apurado no mês anterior, quando havia registrado taxa de 2,91%.
Com este resultado, o índice acumula alta de 5,69% no ano e de 29,95% em 12 meses. Em fevereiro de 2020, o índice havia variado 0,01% e acumulava elevação de 6,40% em 12 meses.
“Nesta apuração do IGP, o IPA, índice de maior peso, apresentou desaceleração. Apesar disso, dois dos três grupos componentes do índice ao produtor registraram avanços em suas taxas de variação: bens finais (0,79% para 1,80%) e bens intermediários (2,88% para 6,60%). No primeiro caso, a principal contribuição para a aceleração partiu de combustíveis para o consumo (6,64% para 15,43%). No segundo, as fontes de pressão foram mais diversificadas, exemplo do espalhamento das pressões inflacionárias que movimentaram os preços dos seguintes itens: celulose (-4,89% para 8,29%), óleo diesel (6,32% para 14,08%) e fertilizantes (8,00% para 18,53%)”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 3,40% em fevereiro, ante 3,92% em janeiro.
Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de 0,79% em janeiro para 1,80% em fevereiro.
O principal responsável por este avanço foi o subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 6,64% para 15,43%.
O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,97% em fevereiro, contra 0,70% em janeiro.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 2,88% em janeiro para 6,60% em fevereiro.
O principal responsável por este avanço foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 2,92% para 5,51%.
O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 5,62% em fevereiro, ante 2,89% no mês anterior.
O estágio das Matérias-Primas Brutas variou 2,08% em fevereiro. Em janeiro, a taxa havia registrado alta de 7,29%.
Contribuíram para o movimento da taxa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (16,69% para 0,58%), soja em grão (6,49% para 1,97%) e milho em grão (8,34% para 2,81%). Em sentido oposto, vale citar aves (-4,31% para 2,15%), bovinos (5,26% para 6,81%) e cana-de-açúcar (0,70% para 2,66%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,54% em fevereiro, após variar 0,27% em janeiro. Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Habitação (-1,16% para 0,08%), Transporte (0,88% para 2,29%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,28% para 0,29%).
Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos itens: tarifa de eletricidade residencial (-6,69% para -0,88%), gasolina (2,61% para 6,90%) e desodorante (-1,76% para 1,71%).
Em contrapartida, os grupos Alimentação (1,24% para 0,09%), Vestuário (0,55% para 0,03%), Educação, Leitura e Recreação (0,37% para 0,12%), Despesas Diversas (0,38% para 0,24%) e Comunicação (-0,04% para -0,07%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: hortaliças e legumes (7,39% para -2,43%), roupas (0,67% para -0,29%), cursos formais (5,03% para 0,63%), serviços bancários (0,33% para 0,16%) e mensalidade para internet (-0,22% para -0,81%).
Núcleo do IPC e Índice de Difusão
O núcleo do IPC registrou taxa de 0,28% em fevereiro, ante 0,27% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 47 foram excluídos do cálculo do núcleo.
Destes, 28 apresentaram taxas abaixo de 0,00%, linha de corte inferior, e 19 registraram variações acima de 0,59%, linha de corte superior. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 61,29%, 7,74 pontos percentuais abaixo do registrado em janeiro, quando o índice foi de 69,03%.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,89% em fevereiro, ante 0,89% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de janeiro para fevereiro: Materiais e Equipamentos (1,37% para 4,38%), Serviços (0,79% para 1,00%) e Mão de Obra (0,55% para 0,12%).