O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV IBRE subiu 3,4 pontos em junho para 107,6 pontos, maior valor desde fevereiro (107,9 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 1,1 ponto.
“Pelo segundo mês consecutivo, houve melhora na confiança da indústria influenciada pelo avanço das expectativas em relação aos próximos meses.
A recuperação das economias externas e o avanço do processo de vacinação no país contribuem para o aumento do otimismo das empresas.
Apesar disso, é preciso cautela considerando que o setor ainda enfrenta dificuldades ainda com a escassez de insumos, aumento dos custos que incluem a mudança de bandeira para a energia elétrica, podendo ser fatores limitadores para uma recuperação mais robusta no segundo semestre. “, comenta Claudia Perdigão, economista do FGV IBRE.
O resultado do mês é influenciado tanto pela melhora da situação corrente quanto pelo aumento do otimismo em relação aos próximos meses.
Após cinco quedas consecutivas, o Índice Situação Atual (ISA) subiu 1,8 ponto, para 111,3 pontos.
A melhora das perspectivas ocorre em 13 dos 19 segmentos pesquisados, o Índice de Expectativas (IE) subiu 5,0 pontos para 104,0 pontos sendo o segundo mês consecutivo a registrar variação positiva após quatro meses de queda.
Entre os quesitos que compõem o ISA, apenas nível de estoques apresentou queda (6,3 pontos), retornando para 106,7 pontos, menor nível desde agosto de 2020.
Os indicadores para demanda total e situação atual dos negócios subiram 6,5 e 4,9 pontos, respectivamente, para 113,6 e 112,5 pontos.
Com esses resultados, a demanda total retorna ao nível de janeiro, enquanto a situação atual dos negócios aproxima-se do valor de dezembro de 2020.
Dos indicadores que integram o IE, a produção prevista para os próximos três meses foi o que mais contribuiu para o aumento confiança em junho ao subir 7,8 pontos para 100,9 pontos, maior valor desde janeiro (101,8).
O indicador que captura o emprego previsto para os próximos três meses aumentou 5,4 pontos, para 106,9, recuperando 76,1% da queda sofrida entre janeiro e maio de 2021.
A tendência dos negócios para os próximos seis meses variou 1,7 ponto, para 104,0 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada subiu 1,6 ponto percentual, para 79,4%, maior valor desde janeiro (79,9%).