O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) variou 1,18% no segundo decêndio de dezembro, ante 3,05% no mesmo período do mês anterior. Com este resultado, a taxa acumulada em 12 meses passou de 24,25% para 23,41%.
“Após exercer pressão destacada nos resultados do IPA e do IGP em 2020, a soja (10,70% para -6,11%) e o milho (19,87% para -0,17%) lideram a queda registrada pelas matérias-primas brutas (5,22% para -0,32%) no segundo decêndio de dezembro, resultado impulsionado também pela variação registrada nos preços do trigo (18,05% para -3,97%) e de suínos (12,85% para -10,87%)”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 1,17% no segundo decêndio de dezembro, ante 3,98% no segundo decêndio de novembro.
Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais passaram de 2,41% em novembro para 2,11% em dezembro. A maior contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 3,98% para 2,89%.
O índice referente a Bens Intermediários variou 2,12% no segundo decêndio de dezembro, ante 3,97% no mesmo período de novembro.
O destaque coube ao subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 4,73% para 1,72%.
A taxa do grupo Matérias-Primas Brutas foi de 5,22% no segundo decêndio de novembro para -0,32% em igual período de dezembro. Contribuíram para o movimento do grupo os seguintes itens: soja em grão (10,70% para -6,11%), milho em grão (19,87% para -0,17%) e bovinos (5,35% para 0,87%). Em sentido oposto, destacam-se os itens minério de ferro (-1,37% para 2,01%), leite in natura (-2,11% para 1,16%) e café em grão (0,33% para 6,01%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 1,23% no segundo decêndio de dezembro, contra 0,51% no mesmo período de coleta de novembro. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação (0,20% para 3,91%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item passagem aérea, cuja taxa passou de 1,56% para 26,08%.
Também foram computados acréscimos nas taxas de variação dos grupos Habitação (0,28% para 1,77%), Alimentação (1,24% para 1,54%), Despesas Diversas (-0,01% para 0,27%), Transportes (0,85% para 0,89%) e Comunicação (0,07% para 0,11%). Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (-0,11% para 6,75%), frutas (-0,65% para 3,22%), conserto de aparelho telefônico celular (-0,55% para 1,93%), automóvel novo (0,97% para 1,72%) e mensalidade para TV por assinatura (-0,06% para 0,75%).
Em contrapartida, os grupos Vestuário (0,18% para -0,49%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,09% para -0,02%) registraram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, os maiores recuos foram observados nas taxas dos itens roupas (0,11% para -0,69%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,16% para -0,52%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 1,20% no segundo decêndio de dezembro. No mês anterior, o índice subira 1,38%. Os três grupos componentes do INCC apresentaram as seguintes variações na passagem do segundo decêndio de novembro para o segundo decêndio de dezembro: Materiais e Equipamentos (3,10% para 2,78%), Serviços (0,69% para 0,41%) e Mão de Obra (0,23% para 0,13%).