O aumento nas tarifas de gás natural no Estado do Rio de Janeiro, anunciado pela concessionária Naturgy para entrar em vigor a partir de 1º de novembro, vem tirando o sono de revendedores de combustíveis.
No caso do Gás Natural Veicular (GNV), tal reajuste deverá chegar à casa de estratosféricos 26,00% (área coberta pela CEG) e 27,45% (área de concessão da CEG-Rio).
Diante disso, os donos de postos se preocupam tanto com a queda nas vendas do GNV, quanto com o desgaste de sua imagem perante os consumidores.
Nas últimas semanas, o Sindestado-RJ (sindicato que representa os revendedores de combustíveis) disparou ofícios à Naturgy e à Agenersa (agência estadual reguladora do setor), questionando o reajuste, que considera muito alto e abrupto.
No mesmo tom, o Sindicato aplaudiu a iniciativa conjunta dos deputados Luiz Paulo e Lucinha, que apresentaram na Alerj Projeto de Lei proibindo — enquanto perdurar o estado de calamidade causado pela atual pandemia — aumentos de tarifas nos serviços públicos concedidos. No dia 20, a Assembleia Legislativa aprovou o Projeto, em discussão única, com o texto sendo então enviado ao governador em exercício, Cláudio Castro, que tem até 15 dias úteis para sancioná-lo.
A torcida dos donos de postos é que o governador o faça ainda nesta semana, antes que entre em vigor a alta anunciada pela Naturgy.