Com a taxa Selic ultrapassando os 14% ao ano, os consórcios têm ganhado destaque como alternativa viável ao crédito tradicional no Brasil.
Segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), o setor movimenta mais de R$ 50 bilhões por ano, com o agronegócio representando aproximadamente 20% desse total.
Na Agrishow 2025, por exemplo, os consórcios voltados à aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas foram responsáveis por cerca de 25% dos recursos movimentados durante o evento.
O dado evidencia a crescente adesão de produtores rurais à modalidade, especialmente em um cenário de juros elevados.
Menor custo e maior previsibilidade
Especialistas apontam que o aumento na procura por consórcios reflete a busca por soluções financeiras com menor custo e maior previsibilidade.
Diferente do financiamento tradicional, que sofre diretamente com os efeitos da alta da Selic, o consórcio permite o planejamento de longo prazo sem a incidência de juros elevados, o que o torna atraente para pessoas físicas e empresas.
A modalidade é vista como uma ferramenta que contribui para o controle financeiro, especialmente em setores que dependem de investimentos constantes, como o agronegócio e pequenas e médias empresas.
Integração de soluções e democratização do crédito
Com a diversificação dos perfis de consumidores e o avanço da digitalização no setor financeiro, cresce também a demanda por plataformas que reúnam diferentes modalidades de crédito.
Profissionais do setor afirmam que integrar essas soluções em ambientes acessíveis pode contribuir para decisões financeiras mais estratégicas e bem informadas.
A descentralização e a simplificação do acesso ao crédito são apontadas como tendências importantes para a democratização dos produtos financeiros no país.
A ideia é que diferentes perfis de usuários, incluindo empreendedores e pequenos produtores, tenham acesso a ferramentas que os ajudem a planejar investimentos com mais segurança.