Um levantamento recente do Serasa apontou que, em abril de 2025, o Brasil alcançou o maior número de pessoas com nome negativado já registrado pela entidade: 73,8 milhões.
O número reflete o crescimento da inadimplência no país, que traz impactos significativos para a economia doméstica e para a vida financeira dos consumidores.
Endividamento das famílias atinge patamar recorde
Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o endividamento das famílias brasileiras atingiu 77,6% em abril, o patamar mais elevado desde agosto de 2024. O valor médio das dívidas por CPF ultrapassa R$ 5.400, totalizando mais de R$ 400 bilhões em débitos ativos.
Consequências da inadimplência para consumidores
A inadimplência afeta diretamente o poder de compra e o acesso ao crédito, além de comprometer a capacidade das famílias de lidar com emergências financeiras.
Estudos indicam ainda que a situação pode gerar consequências emocionais, como estresse, ansiedade e queda na produtividade.
Importância do planejamento financeiro para sair do endividamento
Diante deste cenário, especialistas em planejamento financeiro ressaltam a importância da organização das finanças pessoais para evitar ou superar o endividamento.
Patrícia Palomo, planejadora financeira certificada pela CFP®, destaca que o primeiro passo é compreender claramente a situação financeira, identificando as dívidas mais relevantes e estabelecendo metas realistas para reorganizar as finanças.
Recomendações para controle financeiro e segurança
“Ter uma visão completa das dívidas e criar um planejamento financeiro consistente é fundamental para retomar o controle das finanças”, afirma Palomo.
Entre as recomendações estão a elaboração de um orçamento realista, o monitoramento frequente das receitas e despesas, a eliminação de gastos supérfluos e a formação de uma reserva de emergência.
A planejadora enfatiza que o planejamento financeiro deve ser encarado como um instrumento para a autonomia e a segurança financeira, e não como uma restrição. “Ao organizar as finanças, o consumidor pode fazer escolhas conscientes, se proteger contra imprevistos e planejar o futuro com mais tranquilidade”, conclui.