O ex-ministro do Turismo e aliado histórico do ex-presidente Jair Bolsonaro, Gilson Machado Neto, afirmou neste sábado que o ex-chefe do Executivo “está morrendo aos poucos” em razão do sofrimento físico e emocional imposto pelos processos judiciais e pela atual condição de prisão domiciliar.
A declaração foi feita durante entrevista e repercutida por veículos de comunicação regionais, como o portal 7Segundos, e posteriormente confirmada em publicações nas redes sociais do ex-ministro. Segundo Machado, Bolsonaro estaria debilitado e enfrentando noites de insônia e dores abdominais.
“Eu conheço o presidente Bolsonaro e, pelas imagens que tenho acompanhado na imprensa, sei que ele está morrendo aos poucos. O presidente está somatizando todo esse sofrimento em sua saúde. Que belo plano de execução: matar o presidente sem manchar as mãos de sangue. Ele vai morrer sem que os assassinos mexam um só dedo. Que crueldade! Estamos escrevendo uma história à custa de muita dor, muito sofrimento, muita maldade e violência contra pessoas inocentes, inclusive. Eu sonho, minha gente, todos os dias, com o dia em que Bolsonaro possa voltar, ser abraçado, ser ovacionado pelo seu povo e ser reeleito presidente da República Federativa do Brasil. Será que isso não vai acontecer? Só vão dar valor a Bolsonaro após a sua morte? Não haverá quem segure o país se isso acontecer”, disse Gilson Machado.
Até o momento, nenhuma nota oficial foi emitida pela equipe médica ou pela família de Jair Bolsonaro sobre seu estado de saúde. O termo “morrendo aos poucos”, usado por Machado, é interpretado por analistas como uma expressão simbólica de desgaste político e pessoal, mais do que uma confirmação clínica.
Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde agosto de 2025, após decisão do Supremo Tribunal Federal relacionada a investigações sobre tentativa de interferência em instituições democráticas.
Contexto político
Gilson Machado foi ministro do Turismo durante o governo Bolsonaro (2019–2022) e é considerado um dos aliados mais próximos do ex-presidente. Nos últimos meses, tem feito recorrentes críticas ao tratamento dado a Bolsonaro pela Justiça e pela mídia, descrevendo-o como alvo de “perseguição”.