Empresas brasileiras entram em 2026 em um cenário de urgência para modernizar seus ambientes SAP. O fim do suporte ao SAP ECC, previsto para 2027, pressiona grandes organizações a migrarem para o SAP S/4HANA e adotarem modelos mais simples, automatizados e baseados em inteligência artificial. Especialistas apontam que manter sistemas críticos sem essas mudanças tende a elevar custos, riscos operacionais e perda de competitividade.
Enquanto parte do mercado ainda opera com consultorias tradicionais e projetos longos, cresce a adoção de ferramentas de automação e análise preditiva para reduzir incertezas e antecipar impactos de migração. A expectativa é que, em 2026, as empresas deixem de adiar decisões estruturais e priorizem modelos tecnológicos mais eficientes.
Com base em tendências observadas em projetos internacionais, seis movimentos devem marcar as estratégias de TI no próximo ano.
Arquiteturas mais simples e ajustáveis à mudança
O modelo de ERP monolítico vem sendo substituído por ecossistemas modulares apoiados no SAP S/4HANA como núcleo transacional. Soluções em nuvem e integrações via APIs ganham espaço, permitindo ambientes mais leves e respostas mais rápidas às mudanças de mercado.
Clean Core e estratégia cloud-first
A consolidação do conceito de Clean Core, aliado ao uso da nuvem, leva as empresas a reduzirem customizações e a operarem mais próximas do padrão SAP. A expectativa é diminuir a dívida técnica, agilizar atualizações e reduzir custos operacionais, além de aumentar a estabilidade e previsibilidade dos sistemas.
Inteligência artificial na operação diária
A inteligência artificial deve ampliar sua presença na gestão de sistemas SAP, com uso de ferramentas capazes de analisar registros, sugerir correções, gerar documentação, automatizar procedimentos e apoiar desenvolvimento de extensões. O objetivo é aumentar produtividade e reduzir riscos.
Joule reforça uso da IA no ecossistema SAP
A assistente Joule, integrada às soluções SAP, passa a atuar como agente inteligente, permitindo interação por linguagem natural, criação de documentos, geração de relatórios e desenvolvimento de aplicações. A tendência é que a IA deixe de ser apenas ferramenta analítica e passe a executar atividades completas de negócio.
Automação como base da governança
Processos contínuos de atualização e validação automatizada tendem a ganhar força, com uso de machine learning, testes automatizados, auditoria digital e monitoramento preditivo. Esse modelo busca reduzir falhas e o tempo de indisponibilidade em mudanças de sistema.
ESG integrado ao ERP
A agenda de Sustentabilidade passa a ser incorporada ao próprio ERP. Ferramentas específicas permitem consolidar dados operacionais, monitorar emissões e apoiar o cumprimento de normas ambientais e regulatórias.
Decisões estruturais à vista
Especialistas avaliam que a combinação entre o fim do SAP ECC, a expansão da IA generativa e a consolidação de arquiteturas mais flexíveis cria um ponto de inflexão para grandes empresas. A avaliação é que adiar a modernização pode aumentar custos e comprometer competitividade nos próximos anos.



















