Jovens entre 18 a 25 anos são o maior público investidor em criptomoedas, segundo dados do cryptobank Monnos .
Mesmo atuando com todas as faixas etárias a partir dos 18 anos, é o perfil mais novo quem lidera o interesse em investir nos ativos digitais.
Para Rodrigo Soeiro, fundador da plataforma, a criptoeconomia está rompendo o conservadorismo do mercado de investimentos.
“Estamos vivendo uma ruptura geracional e poucos percebem o que está por vir. A criptoeconomia é a próxima fronteira do cenário financeiro e os jovens já sabem disso, tanto que é um público que sequer olha para as bolsas de valores”, explica.
Para o especialista, a criptoeconomia encanta o jovem não apenas pelas altas rentabilidades providas (e também alto risco), mas por envolver oferta de inovações em vários setores, especialmente games e tecnologia de maneira geral, temas que têm o engajamento desse público.
“A criptoeconomia é uma revolução que começou no setor financeiro, mas começa a dragar novos setores, como entretenimento, games, moda, bebidas, entre outros. Quando algo atinge diferentes esferas simultaneamente, é natural que novos públicos surjam, para acompanhar esse movimento. Podemos dizer que a criptoeconomia tende a crescer na mesma proporção que o engajamento dos jovens por ela”, pontua Rodrigo.
Trata-se de um rejuvenescimento do perfil dos investidores brasileiros.
Uma pesquisa realizada em fevereiro pela B3 com o Estadão mostrou que a idade média do investidor pessoa física no mercado de ações do Brasil recuou quase 11 anos desde 2016, passando de 48,7 para 37,9 anos.
Além disso, o público com idade de até 24 anos já é 12% do total de investidores do país, o que corresponde a 600 mil pessoas.
“Com o advento das fintechs, o mercado financeiro se tornou mais digital e barreiras foram rompidas. Atualmente, tudo que envolve finanças está extremamente atrelado à tecnologia, o que se intensifica ainda mais com a criptoeconomia. E no universo cripto, o que antes era intencionalmente complexo, pouco transparente e entediante, se tornou fascinante, repleto de oportunidades e translúcido”.
NFTs intensificam presença jovem na criptoeconomia
Outro aspecto da criptoeconomia que atrai os jovens são os NFTs, sigla que vem da expressão non-fungible token (token não fungível).
Os NFTs são um tipo de tokens criptográficos que representam algo único no mundo e que não possui um valor predefinido, mas sim subjetivo.
“São tokens que não podem ser trocados como as criptomoedas, mas comprados e vendidos a partir de lances ou ofertas. E o seu fator de exclusividade acaba chamando a atenção”, detalha Rodrigo.
Atualmente, os NFTs são mundialmente conhecidos por proporcionarem compras de diversos bens virtuais, como jogos, roupas (skins) de avatares, memes, obras de arte, músicas, terrenos virtuais, entre outros.
Alguns modelos de negócios baseados em NFTs já estão provendo ganhos através de jogos, caso do game Axie Infinity.
“Encantados por tudo que envolve a comunidade cripto, os jovens têm se tornado os seus maiores polinizadores. Recentemente, uma estudante de economia foi expulsa de uma aula por debater com o professor defendendo o bitcoin. Houve também um relato na Inglaterra de uma professora de ginásio preocupada que jovens só estão falando de tokens e cripto na sala de aula. Então, se por um lado é um tema que requer atenção dos pais e responsáveis, por outro estamos vendo jovens mais experientes vindo para o mercado financeiro, cientes do valor do dinheiro e suas possibilidades,”
Tudo isso é uma grande oportunidade, que sendo bem trabalhada pode gerar uma geração com melhor saúde financeira”, conclui.
Sobre a Monnos
Primeiro cryptobank do Brasil, a Monnos já opera em mais de 118 países oferecendo mais de 90 criptoativos diferentes.
Entre os seus serviços, além do cartão com cashback, a companhia também trabalha com pagamento de boletos, uma rede social de investimentos, um agregador de notícias, e outros serviços voltados para empresas que buscam CaaS (Crypto as a Service).
Sua missão é massificar cripto e pra isso foca em usuários leigos e empresas que ainda estão distantes deste mercado. Atualmente, conta com mais de 45 mil usuários no Brasil e no mundo.