O mercado de trabalho americano registrou em agosto o maior número de cortes de empregos dos últimos três meses e o maior volume para qualquer mês de agosto desde 2020, de acordo com relatório da Challenger, Gray & Christmas, Inc.
Segundo o levantamento, 85.979 demissões foram anunciadas em agosto de 2025, o que representa:
- +39% em relação a julho de 2025
- +13% em relação a agosto de 2024
No acumulado do ano, o total de cortes já chega a 892.362 postos de trabalho, um aumento de 66% em comparação com o mesmo período de 2024 e o nível mais alto desde 2020.
Setores mais impactados
- Farmacêutico: 19.100 cortes
- Financeiro: 18.100 cortes
- Tecnologia: 13.000 cortes
Fatores apontados
De acordo com Andrew Challenger, vice-presidente sênior da consultoria, os empregadores estão citando fatores econômicos e de mercado como os principais motivadores das demissões. Além disso, houve aumento dos cortes ligados ao fechamento de operações, lojas e falências em comparação com 2024.
“Após o impacto do DOGE no Governo Federal, os empregadores estão enfrentando incertezas econômicas e estruturais que se refletem diretamente nas decisões de pessoal”, afirmou Challenger.
Contexto
O cenário reforça a preocupação sobre a trajetória da economia dos EUA diante da combinação de incertezas fiscais, aumento de falências e ajustes de custo em setores estratégicos. Para especialistas, o crescimento das demissões pode sinalizar um resfriamento mais acentuado do mercado de trabalho nos próximos meses.