O Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75%, mesmo havendo pressão dos setores econômicos e do governo federal para a diminuição.
É a maior taxa desde o reajuste de dezembro de 2016 até 11 de janeiro de 2017, quando também estava em 13,75%.
De acordo com o levantamento da Infinity Asset e Portal MoneYou, o Brasil está com os juros reais em 6,74%, um pouco abaixo da taxa medida na reunião de fevereiro, de 7,38%.
Apesar da redução, o país segue na liderança no ranking dos juros reais com diferença de 0,79% para o México, segundo colocado na tabela.
Consórcio para agronegócio
Com o cenário econômico, o consórcio se torna uma alternativa viável para a aquisição de bens driblando a alta taxa de juros.
Neste ano os consórcios voltados para o agronegócio é o segmento que mais está crescendo.
Segundo a Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio (ABAC), atualmente, são mais de 220 mil consorciados ativos.
A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima crescimento de 15,5% na safra de grãos de 2022/23.
Projeta-se mais de 38,42 milhões de toneladas. O valor bruto da produção da agropecuária de 2022, ainda não encerrado, pode chegar a R$ 1,2 trilhão, crescimento de 2,2%.
De acordo com o especialista Fernando Lamounier, diretor da Multimarcas Consórcios, uma das maiores administradoras no país, os equipamentos agrícolas aumentam a produtividade e reduzem as despesas, mas são produtos de alto valor no mercado.
“Os valores de financiamento e empréstimo se tornam impeditivos para quem realmente coloca o custo da dívida na ponta do lápis. O consórcio, por não contar com juros, mas sim com uma taxa de administração, passa imune a esse fenômeno e se torna cada vez mais atrativo”, afirma o executivo.
Lamounier ressalta que o agronegócio vem avançando cada vez mais, trazendo protagonismo para o Brasil na produção de alimentos e produtos para o campo. Com a aquisição de mais equipamentos os números do mercado só tendem a aumentar.