O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais – que mede a produção industrial interna não exportada, acrescida das importações – cresceu 3% em maio de 2020, frente a abril.
O resultado foi positivo tanto para a produção de bens nacionais (+1,9%) como para as importações de bens industriais (+10,5%). Já na comparação com maio do ano passado, o indicador recuou 15,8%.
Os dados foram divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta quinta-feira, 9.
A análise mostra que o trimestre móvel encerrado em maio teve retração de 16,9% diante do trimestre anterior (de fevereiro a abril).
No acumulado de 12 meses encerrado em maio, a queda foi de 3,6%, enquanto a produção industrial medida pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física do IBGE apresentou baixa de 5,4%.
O desempenho das grandes categorias econômicas foi heterogêneo em maio deste ano frente ao mês anterior: enquanto o setor de bens de capital avançou 68,7%, a demanda por bens intermediários caiu 0,6%.
O destaque positivo entre os bens de consumo ficou por conta dos bens duráveis, que cresceram 80,6% no período. Bens semi e não duráveis tiveram alta modesta de 3,2% no período. Já na comparação com maio de 2019, a queda foi generalizada.
Na análise setorial, dezenove dos 22 segmentos melhoraram o desempenho em maio frente a abril, com destaque para veículos automotores (+56,1%) e outros equipamentos de transporte (+82,8%) – este último impulsionado pela importação de plataformas de petróleo no período.
Na comparação com maio de 2019, no entanto, apenas quatro segmentos registraram crescimento. O mesmo foi verificado no acumulado de 12 meses: apenas quatro segmentos avançaram, entre eles máquinas e equipamentos (+2,4%).