Renata Oliveira, 33 anos. Há um ano, a enfermeira trava uma luta diária contra o câncer de mama. A batalha, que começou em frente ao espelho ao observar um edema vermelho no seio esquerdo, segue incansável entre semanas intensas de sessões de tratamento. “Minha jornada começou em outubro do ano passado. Em uma semana aquela mancha mudou minha vida para sempre. Sabia que havia algo errado e os exames de mamografia e ultrassonografia, seguido de uma biópsia, constatou o que eu temia. Eu estava diante da maior e mais difícil das minhas batalhas. Pouco mais de um mês depois de idas e vindas de consultórios, passei por uma mastectomia total da mama esquerda e comecei as dolorosas sessões de quimioterapias”, relata a jovem.
A história de Renata se confunde com as de outras milhões de pessoas que recebem o difícil diagnóstico da doença, que este ano deve atingir mais de 66 mil pessoas, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer.
O câncer de mama, que em 2019 foi a segunda causa de óbito mais frequente no país (foi responsável por mais de 18 mil óbitos, de acordo com o DATASUS), vem demonstrando alta, tanto da incidência, como da taxa de mortalidade e, mais do que nunca, autoridades de saúde apontam os cuidados preventivos e exames de manutenção como os grandes aliados da população.
Estatísticas assim chancelam a importância de campanhas como o ‘Outubro Rosa’, criado nos Estados Unidos e que ganhou força no Brasil nos últimos anos, disseminando as medidas de prevenção consideradas fundamentais para diagnóstico, controle e tratamento da doença. “Engajar a população em iniciativas que ajudam a compreender as formas de detecção do tumor, a complexidade do tratamento, a relevância de detectar doença precocemente, são essenciais no combate ao câncer de mama”, afirma o médico do Grupo Sabin Medicina Diagnóstica, Dr. Egídio Cuzziol .
“É uma oportunidade singular de apontar os fatores de risco da doença, que passam pela de peso corporal, falta de exercícios físicos, uso de bebidas alcoólicas, terapias de reposição hormonal e que influenciam o diagnóstico”, destaca a especialista. Apontada como a segunda maior causa de morte por câncer na população feminina (com uma taxa bruta de mortalidade superior a 15,6, para cada 100.000 mulheres), a doença apresenta boas taxas de sobrevida para os casos em que o câncer está em fase inicial. “Quanto mais precoce o estadiamento, maiores são as chances de cura e, em geral, mais brandos são os tratamentos. Por isso, fazer a recomendação é marcar exame de mamografia, pelo menos uma vez ao ano. Quem já possui histórico familiar da doença, a orientação é não abrir mão destes cuidados”, destaca o especialista.
Outubro Rosa: os cuidados preventivos podem salvar vidas
Criado na década de 90, para lançar luz sobre a importância da prevenção, dos cuidados e dos exames de rotina, o mês do Outubro Rosa coloca em pauta a conscientização sobre a doença, expande o acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribui de forma significativa para a redução de casos.
“Estudos da Sociedade Americana de Câncer, por exemplo, confirmam o que já sabemos: o prognóstico para pacientes com câncer de mama varia de acordo com o estágio da doença. Ou seja, quanto mais cedo o estadiamento, maiores são as chances de sucesso do tratamento. Em casos de pacientes diagnosticadas precocemente, a chance de sobrevida varia entre 93-100%, mas não passa de 72% para os diagnósticos tardios”, reitera o médico.
O especialista enfatiza ainda como campanhas assim desempenham um papel social fundamental na luta contra o avanço da doença.
“Os números da doença apontam que colocar em prática estratégias para a detecção precoce do câncer de mama ajudam a salvar muitas vidas. Nós temos este papel de orientar para que a pessoas ponham em prática o poder de percepção sobre o próprio corpo. Ficar atento aos sinais e sintomas iniciais da doença e iniciar imediatamente os procedimentos de rastreamento, com testes e exames que ajudem a identificar lesões sugestivas de câncer em tempo hábil, para então encaminhar pacientes e resultados alterados para investigação diagnóstica e tratamento”, esclarece e destaca ainda a importante aliada da saúde nesta etapa: a mamografia. “O exame é capaz de detectar o tumor ainda na fase inicial. Ele permite um rastreamento dos sinais como antes mesmo que ele possa ser identificado pelo exame de palpação ou autoexame”, afirma Cuzziol.
Outros exames de rotina que ajudam na manutenção da saúde, auxiliam na redução da mortalidade e deixam positivo o balanço entre riscos e benefícios estão integrados no portfólio do Grupo Sabin, que já possui mais de 3.500 opções de serviços de saúde, com metodologias de imagem que facilitam o diagnóstico de possíveis lesões mamárias. “Além da mamografia, ultrassonografia, a ressonância magnética mamária e outros procedimentos individualizados de exames permitem o rastreamento de acordo com o risco de pacientes caso a caso”, finaliza o especialista.