O Banco Central (BC) anunciou, nesta segunda-feira (17), o primeiro incidente de segurança com chaves Pix em 2024. O vazamento afetou 25.349 clientes da fintech QI SCD, ocorrendo entre 23 de fevereiro e 6 de março. Segundo a autoridade monetária, falhas pontuais nos sistemas da instituição foram responsáveis pela exposição dos dados cadastrais.
É importante destacar que o incidente não comprometeu senhas, saldos bancários ou permitiu movimentação financeira. O BC reforçou que os clientes afetados serão notificados exclusivamente por meio dos canais oficiais do banco, como aplicativos e internet banking, e alertou sobre tentativas de golpe por e-mails, ligações ou mensagens de SMS.
Posicionamento do Banco Central
No comunicado, o Banco Central destacou que, apesar de a legislação não exigir a divulgação desse tipo de incidente devido ao baixo impacto, a instituição optou pela transparência na comunicação. O caso será investigado e, se necessário, sanções poderão ser aplicadas à QI SCD, incluindo multas ou até suspensão do sistema Pix.
As informações obtidas são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras. Além disso, não permitem a realização de pagamentos ou transferências, nem o acesso a contas ou a outras informações de natureza bancária.
Banco Central registra primeiro vazamento de chaves Pix em 2025 (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Além disso, o BC mantém uma página oficial para que os usuários acompanhem incidentes relacionados ao sistema de pagamentos e fiquem informados sobre medidas de proteção.
Além da investigação do Banco Central, a recomendação é que clientes monitorem suas contas e fiquem atentos a possíveis tentativas de golpes.
Funcionamento do Pix
O Pix é um sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central do Brasil, lançado em novembro de 2020. Ele permite a realização de transferências e pagamentos em tempo real, funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana.
Utiliza apenas uma chave (CPF, e-mail, telefone ou aleatória)
Desde sua implementação, o Pix se tornou um dos meios de pagamento mais utilizados no Brasil, facilitando transações entre pessoas, empresas e até o governo. No entanto, como qualquer sistema digital, está sujeito a eventuais falhas e tentativas de fraude.
Como se proteger de vazamentos e golpes no Pix?
Embora o vazamento de dados registrado não tenha comprometido informações financeiras, é essencial adotar medidas de segurança para evitar fraudes bancárias.
Dicas para proteger suas informações
Desconfie de contatos suspeitos – Bancos e instituições financeiras não solicitam dados pessoais por telefone, SMS ou e-mail.
Verifique sempre os canais oficiais – Caso receba uma notificação sobre vazamento de dados, acesse o aplicativo ou site oficial do seu banco.
Ative a autenticação em dois fatores – Esse recurso adiciona uma camada extra de proteção ao acesso da sua conta.
Evite acessar links desconhecidos – Golpistas podem enviar páginas falsas para capturar informações pessoais.
Monitore sua conta regularmente – Verifique suas movimentações bancárias para identificar qualquer atividade suspeita.
O vazamento de dados da QI SCD reforça a necessidade de atenção redobrada ao uso do Pix e de práticas de segurança digital. Embora o incidente não tenha permitido acessos indevidos a contas bancárias, a exposição de informações cadastrais pode ser utilizada em tentativas de golpes financeiros. Por isso, manter-se informado e adotar medidas preventivas são essenciais para garantir a segurança das suas transações bancárias.
Se você utiliza o Pix regularmente, siga as dicas de proteção e acompanhe os comunicados do seu banco para evitar qualquer risco de fraude.
Jornalista formado desde 2019, Nathan especializou-se em Jornalismo Digital em 2021 e atualmente cursa Mestrado em Comunicação na Escola Superior de Educação de Coimbra, em Portugal. Movido pela escrita, encontrou nela uma forma autêntica de compartilhar sua visão de mundo. Além disso, aprofunda seus conhecimentos em Social Media Marketing na Escola Britânica de Artes Criativas & Tecnologia. Criador de conteúdo sobre viagens e lifestyle, explora diferentes culturas e experiências, traduzindo suas vivências em narrativas cativantes.
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