A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) recém-anunciou um robô pioneiro, batizado de Hermes, para a recepção e armazenamento de todos os dados gerados pela indústria do petróleo em território brasileiro. O sistema, que conta com as tecnologias da IBM, é algo inédito no País em termos de petabytes armazenados e inteligência embarcada, e representa uma maior otimização de processos para o órgão.
Entre as soluções IBM adotadas estão tecnologias de armazenamento, gestão e orquestração de dados. Os benefícios da adoção da plataforma incluem a diminuição dos custos com pesquisas de dados de exploração e produção, além de mais segurança e velocidade na entrega destas informações para as empresas usuárias do Banco de Dados de Exploração e Produção da ANP (BDEP), resultando em estratégias mais eficazes e melhoria na geração de negócios.
Segundo Rafael Vicente, especialista em vendas de armazenamento na IBM Brasil, a tecnologia, baseada em software defined storage e que comporta mais de 40 petabytes em armazenamento, é do tipo nuvem privada, em que há uma orquestração de hardware e software para permitir grande capacidade de armazenamento a um preço extremamente atrativo. É como funcionam as plataformas de streaming. A solução faz toda a gestão do dado, migrando-o entre mídias rápidas como Flash ou Storage tradicionais e lentas (cartuchos de fitas em robôs) sem impacto para quem acessa os dados nela. A funcionalidade de migração permite que, ao longo do tempo, se possa migrar de HW (mídias, servidores, redes) de forma transparente, e otimizar os custos de guarda dos dados, o que confere uma melhoria no tempo de busca e entrega do dado, que antes demorava dias e, com a tecnologia, passou a demorar minutos.
“Antes, todo o processo de procura, montagem e cadastro de uma fita de armazenamento com informações sísmicas e de digitais de poços, por exemplo, levava em média 20 dias. Com as novas tecnologias IBM os clientes da ANP agora podem acessar a plataforma e extrair os dados sísmicos em apenas alguns minutos”, explica o executivo.
A partir destes resultados, as empresas petrolíferas conseguem mapear possíveis poços de petróleo inexplorados, trabalhar em novas regiões do litoral brasileiro e ter um melhor entendimento sobre a qualidade do petróleo extraído. Com a tecnologia, a ANP já avalia enviar diretamente os dados das empresas operadoras de áreas para exploração e produção e das empresas de aquisição de dados, por meio de links dedicados.
Juliana Coimbra, Líder da Área de Soluções de Armazenamento na IBM Brasil, explica que “as soluções de armazenamento da IBM oferecem aos clientes a possibilidade de optar pela melhor estratégia de dados para o seu modelo competitivo e extrair todo o valor que precisam para se diferenciar no mercado através de projetos de AI e multi-cloud híbrida. Isso, sempre colocando segurança em primeiro plano”.