Rio, 2 de outubro de 2019 – A Firjan considera a aprovação da reforma da Previdência, em primeiro turno no Senado, um passo importante na agenda de reformas estruturais. Entretanto, a manutenção da regra de abono salarial provocou desidratação do potencial da reforma, representando um passo para trás no longo caminho pela retomada do equilíbrio das contas públicas.
Estudo da Federação aponta que a reforma do sistema previdenciário tem um potencial para destravar R$ 1,4 trilhão em investimentos públicos e privados, que poderiam ser direcionados para a melhoria de serviços essenciais à população, como aqueles relacionados à educação e à saúde. Novas mudanças no texto-base poderão ameaçar esses avanços.
Neste contexto, o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, reforça que este é o momento para concentrar os esforços no sentido de aprovar a PEC 133/2019. “Para o efetivo equilíbrio das contas públicas é essencial que a reforma, além de manter seu potencial, inclua estados e municípios. Temos um problema que afeta a todos e não podemos perder a oportunidade de uma solução nacional”, diz Eduardo Eugenio.
A Federação destaca que nos estados, por exemplo, o déficit da Previdência chega a R$ 77,8 bilhões, impactando a oferta de serviços à população. A Firjan ressalta que não há mais espaço para adiar as reformas estruturais e que maiores desidratações da reforma previdenciária significarão o adiamento da retomada do crescimento sustentável. Este precisa ser um compromisso de todos para garantir o desenvolvimento do país.