A Firjan lançou nesta segunda-feira (6/7) o estudo “Rio a todo gás”, documento com propostas para destravar investimentos em gás natural, que podem alcançar até R$ 45 bilhões no estado fluminense.
O Rio é o maior produtor do energético e o gás natural assume fundamental importância como combustível estratégico na retomada econômica do país e do estado, principalmente no pós-pandemia.
O lançamento do estudo ocorreu em reunião on-line com a presença do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, além de deputados estaduais e federais, autoridades do governo estadual e representantes de órgãos federais.
O principal foco do estudo foi apresentar sugestões e soluções para projetos que utilizem o gás natural além da geração de energia elétrica, onde atualmente estão concentradas as principais ações para a expansão do uso do gás.
Conforme o documento da federação, há uma diversidade de investimentos que pode ter o gás natural como insumo propulsor de desenvolvimento: siderurgia, petroquímica, usinas de fertilizantes, expansão do GNV em veículos leves e pesados, além das indústrias de vidro, cerâmica e sal.
“Há 30 anos já se falava da necessidade de um marco legal para o gás. Com o ‘Rio a todo Gás’, sugerimos a adoção de algumas medidas urgentes no curtíssimo e no curto prazo. Nossa intenção é contribuir para sairmos de um ambiente de recessão e usar o gás para retomar e expandir a economia a partir do fortalecimento da indústria de energia, petroquímica e o GNV”, afirmou o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira.
Alto custo da tarifa para consumidor industrial
O vice-presidente da federação, Luiz Césio Caetano, e o coordenador do Núcleo de GNV da Firjan, Celso Mattos, apresentaram para as autoridades os principais pontos do documento.
Caetano destacou a necessidade de diversificar a participação de novos players no mercado de gás e alertou para o alto custo do insumo no país, onde a tarifa final para o consumidor industrial é 7,4 vezes maior do que o preço na boca do poço.
Ele lembrou também que 41% do produto reinjetado no poço equivale a 100% do consumo industrial fluminense.
O ministro Bento Albuquerque afirmou que o trabalho para a abertura do mercado de gás vem de longa data, e que é prioridade do governo federal a aprovação do PL 6407/2013, estabelecendo o marco regulatório do gás natural.
“A abertura propicia novos investimentos em regiões como Norte e Nordeste, além do Rio de Janeiro que é a capital do petróleo e gás”, enfatizou.
O deputado estadual Luiz Paulo (PSDB) ressaltou a importância de utilizar o gás natural como forma de recuperar a economia fluminense, já que o produto é fonte de recursos com o pagamento de royalties e participações especiais.
Já o secretário de Fazenda do estado do Rio, Guilherme Mercês, destacou que o governo apoia a aprovação do marco legal do gás e trabalha na regulamentação do Repetro, considerado dois pilares necessários para alavancar o estado pós-pandemia.
Além de dezenas de empresários e membros do Conselho Empresarial de Petróleo e Gás da federação, participaram da reunião virtual o diretor na ANP, Dirceu Amorelli, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral, os deputados federais Christino Áureo e Laércio Oliveira, entre outras autoridades.