A bioeconomia e o mercado dos produtos florestais não madeireiros são destaques

Foto: Freepik

Mais do que nunca, o mundo tem os olhos voltados para o Brasil, especialmente nesse momento histórico em que o meio ambiente e o respeito aos povos originários e guardiões da floresta fazem parte das metas de desenvolvimento do governo federal.

A Amazônia, em especial, tem sido o centro de várias pautas dessa agenda desenvolvimentista governamental.

Entender a bioeconomia do território amazônico, discutindo seus conceitos, limites, possibilidades e desafios é o que se propõe o quinto volume da Série Amazônia Brasileira, perspectivas territoriais integradas e visão de futuro.

Com a participação de um time de especialistas, composto por pesquisadoras da cadeia produtiva do açaí no Amapá e norte do Pará, por pessoas da AASFLOR (Associação Agroextrativista Sementes da Floresta), de Uruará, no Pará, da Aliança Guaraná Maués, do Amazonas, e do Centro de Estudos Synergia, a publicação oferece um panorama da bioeconomia e do mercado de produtos não madeireiros da Amazônia. Desvela, ainda, as diferentes vertentes e conceitos de bioeconomia: biotecnológica, biorrecursos e bioecológica.

No Brasil, é no contexto do debate sobre o futuro do desenvolvimento da Amazônia que o conceito de bioeconomia vem sendo forjado em meio a interesses conflitantes e a uma grande complexidade e diversidade sociocultural e ambiental.

Ao mesmo tempo em que é palco dos principais conflitos ambientais atuais, a Amazônia é também o laboratório a céu aberto das principais experiências e iniciativas inovadoras no campo da bioeconomia mundial.

As indicações, cada vez mais claras, vindas do campo da ciência e os sinais evidentes de mudanças em padrões climáticos aceleram a busca por sínteses possíveis entre desenvolvimento socioeconômico e integridade dos biomas terrestres e sua biodiversidade.

Tornar possível que a região amazônica, que ocupa mais da metade do território brasileiro, possa produzir e gerar riqueza, melhorando a qualidade de vida de seus cerca de 30 milhões de habitantes, de forma compatível com a floresta em pé e com seus rios fluindo é um desafio desse e dos próximos governos.

O atingimento ou fracasso desse desafio ressoarão em todo o mundo, porém com mais intensidade nos povos da floresta.

“Hoje, mais de 50% da floresta amazônica são geridos e protegidos por comunidades locais e isso demonstra a importância de que as soluções para a conservação sejam efetivas em oferecer a estas populações alternativas de renda por meio de cadeias de valor sustentáveis, compostas por produtos florestais não madeireiros”, explica e defende Mario Vasconcellos, antropólogo e analista ambiental, um dos autores da edição.

A Série Amazônia Brasileira é um projeto do Centro de Estudos Synergia, criado como um espaço dedicado à construção da inovação no campo socioambiental brasileiro.

O Centro abriga iniciativas voltadas à pesquisa e ao conhecimento, por meio da troca, debate e compartilhamento de saberes e experiências adquiridas pelas equipes da Synergia Socioambiental em diversos territórios, entre eles a Amazônia, onde a consultoria está há mais de dez anos.

Sobre a Synergia 

Fundada em 2005 por Maria Albuquerque, a Synergia é uma consultoria socioambiental que atende os setores público e privado, oferecendo soluções em gestão e prevenção de crises, desenvolvimento social, relações territoriais e gestão de conhecimento.

Atua em todo o território nacional, atendendo às demandas dos segmentos de mineração, siderurgia, indústria petroquímica, gestão pública, agronegócio, agroindústria, saneamento, energia e gestão hídrica.

A consultoria possui o certificado internacional de qualidade ISO:9001, conquistado em 2013, graças à sua capacidade de planejamento, elaboração e execução de programas sociais, urbanos e ambientais.

Já atuou em mais de 127 projetos no Brasil e em Moçambique, envolvendo mais de 1.2 milhão de pessoas. É associada ao Instituto Ethos e membra na modalidade participante do Pacto Global das Nações Unidas.

Sair da versão mobile