Com a presença de autoridades e empresários, aconteceu na manhã de hoje (14) o 7º FÓRUM LIDE DE ENERGIA & INFRAESTRUTURA, no hotel Palácio Tangará, em São Paulo. O evento organizado pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais destacou oportunidades de investimento no segmento, além das principais tendências do mercado por meio de quatro painéis temáticos: “Infraestrutura e Logística”; “Energia”, “Privatizações” e “Óleo e Gás”.
O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, afirmou durante o Fórum que a indústria do petróleo vive um momento de transformação no Brasil e no mundo, o qual culminará em resultados impactantes. “Tivemos monopólio de 60 anos da Petrobras e agora a companhia passa por um reposicionamento importante, pois cria novas responsabilidades para o governo. Deixando de investir em refinarias, por exemplo, a empresa abre espaço para outros agentes ocuparem. Estamos substituindo um monopólio por uma indústria”, disse. Segundo o especialista, o Brasil tem potencial para produzir 7 milhões de barris em 2030.
“O petróleo vai perder relevância dentro de 20 ou 30 anos e, como consequência, seu valor cairá”, disse Antônio Guimarães, secretário executivo de E&P do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), em referência ao avanço das energias renováveis. E por essa razão ele acredita que o país deve aproveitar o atual momento, pois o petróleo ainda tem muito para contribuir com o país. “O setor representa entre 50% e 60% de todo o investimento industrial brasileiro”, afirmou.
Antonio Bastos, CEO da Omega Geração, explicou que o setor de energia renovável tem crescido consideravelmente no Brasil. “O preço é muito competitivo”, disse. Por essas razões, Claudia Viegas, diretora de regulação econômica da LCA Consultores, destacou a urgência em acelerar investimentos no setor. “O petróleo é crucial. Precisamos atrair investimento em um curto espaço de tempo”, disse.
Natália Marcassa, secretária de Fomento, Planejamento e Parcerias do Ministério da Infraestrutura, destacou os principais investimentos da pasta e chamou a atenção para o modal portuário. “Temos três leilões previstos para agosto. Queremos avançar nas concessões de portos.” Para o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Reive Barros, é preciso estimular a geração termoelétrica no país. “O ministro [Bento Albuquerque] lançará a estrutura do novo mercado de gás, estabelecendo condições e conciliando regulações locais e federal. Nossa expectativa é de 13 gigawatts de geração de gás natural para os próximos dez anos”, afirmou.
O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, elencou os principais investimentos em infraestrutura no estado como nas área de rodovias, transportes, portos e aeroportos. “Temos 21 projetos prioritários a serem contratados que somam R$ 41 bilhões”, afirmou. Os participantes do Fórum tiveram o panorama de investimentos do Estado de São Paulo complementado por Wilson Mello, presidente da InvestSP.
Ele citou os planos para concessão de aeroportos, parques públicos e travessias litorâneas (balsas). E anunciou um investimento de R$ 40 milhões da empresa francesa GreenYellow em duas cidades de São Paulo. Já o secretário estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo, Marcos Penido, falou sobre a produção de energia solar. “São Paulo tem uma capacidade gigante. Estamos estudando a utilização de painéis fotovoltaicos para geração de energia ao metrô”, afirmou.
Julio Fontana Neto, presidente do Comitê Operacional e membro do Conselho de Administração da Rumo, foi um dos debatedores do evento. Segundo o executivo, a companhia avaliará participação em leilões das concessões da Ferrogrão e da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Também presente no debate, Fabiano Lorenzi, diretor da VLI Logística, levantou o tema da segurança jurídica, que, segundo ele, é fundamental para o segmento. “Precisamos de segurança jurídica em relação à renovação das concessões.”
Luiz Fernando Furlan, chairman do LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, reforçou a importância do segmento de energia e infraestrutura para o desenvolvimento do país. “Retomando os aportes em infraestrutura teremos um alento não só para o setor empresarial, mas também para a criação de empregos, que hoje é tema prioritário”, disse.
Sobre o LIDE – O LIDE – Grupo de Líderes Empresariais é uma organização de caráter privado, que reúne empresários em diversos países. O LIDE debate o fortalecimento da livre iniciativa do desenvolvimento econômico e social, assim como a defesa dos princípios éticos de governança corporativa no setor público e privado. Fundado no Brasil, em 2003, o LIDE é formado por líderes empresariais de corporações nacionais e internacionais, que se preocupam em sensibilizar o empresariado brasileiro para a importância de seu papel na construção de uma sociedade ética, desenvolvida e consciente. Atualmente, o Grupo conta com unidades regionais, internacionais e setoriais, totalizando 25 frentes de atuação. Para informações adicionais, basta acessar lideglobal.com.