O ano de 2026 deve representar um período decisivo para as empresas brasileiras, que terão de responder com mais rapidez às mudanças do mercado, ampliar a eficiência operacional e se adaptar a um cenário econômico ainda marcado por incertezas. A avaliação é de Jorge Avancini, presidente do Sindicato dos Administradores no Estado do Rio Grande do Sul (Sindaergs), para quem a combinação entre gestão de curto prazo, inovação aplicada e leitura estratégica do comportamento do consumidor será determinante para a competitividade dos negócios.
Planejamento com ciclos mais curtos
Segundo Avancini, o foco no curto prazo tende a ganhar ainda mais relevância como estratégia de sobrevivência e crescimento. “Em um contexto de juros elevados, volatilidade econômica e mudanças no comportamento de consumo, as empresas tendem a priorizar decisões mais táticas, com ciclos de planejamento mais curtos e controle rigoroso de custos”, afirma.
Inovação integrada ao resultado
A inovação deve ocupar papel central nas estratégias corporativas em 2026. Entre as tendências apontadas estão o uso intensivo de dados e inteligência artificial, automação de processos, personalização de produtos e serviços e a integração entre canais físicos e digitais. Esses fatores devem influenciar diretamente o desempenho financeiro das organizações.
Mais do que adotar novas tecnologias, o desafio, segundo o dirigente, será utilizá-las de maneira prática, alinhadas aos objetivos do negócio e à experiência do cliente. Para ele, o consumidor seguirá buscando diálogo e orientações, o que exigirá equilíbrio entre autonomia e atendimento personalizado.
Sustentabilidade e governança ganham peso
Temas como sustentabilidade aplicada ao negócio, governança, gestão de riscos e relações mais transparentes com consumidores e parceiros também devem ganhar importância. O mercado, afirma Avancini, passa a valorizar cada vez mais ações concretas e mensuráveis, integradas à estratégia empresarial, em vez de iniciativas apenas discursivas.
Decisões rápidas, mas fundamentadas
“O cenário de 2026 pede decisões rápidas, mas bem fundamentadas. Os administradores precisam trabalhar com ciclos mais curtos de planejamento, usando dados para orientar escolhas e priorizando eficiência operacional sem perder o foco nas pessoas e no cliente. Tecnologia e inovação são essenciais, mas só geram resultado quando estão integradas à estratégia e à cultura da empresa”, destaca.






















