O dólar iniciou esta terça-feira (23) em leve alta, cotado a R$ 5,59, refletindo ajustes de fluxo típicos do fim de ano. Empresas e fundos intensificam remessas ao exterior diante da proximidade da tributação sobre transferências internacionais prevista para janeiro.
O mercado opera com liquidez reduzida, em razão da véspera de Natal, o que contribui para movimentos mais contidos. Investidores acompanham com atenção o cenário doméstico e internacional, em busca de sinais que orientem as próximas decisões de política monetária.
No Brasil, o principal destaque do dia é a divulgação do IPCA-15 de dezembro, prévia da inflação oficial, indicador relevante para a condução da política de juros pelo Banco Central. No campo político, o Congresso Nacional encerra o ano legislativo com a votação do Orçamento de 2026, além de discussões sobre a tributação de fintechs e apostas online.
No exterior, a agenda econômica é intensa, especialmente nos Estados Unidos. Estão previstos dados como a revisão do Produto Interno Bruto (PIB), pedidos de bens duráveis, gastos do consumidor, produção industrial e índices de confiança. Os números podem influenciar as expectativas em relação ao ritmo de cortes de juros pelo Federal Reserve em 2026. Também entram no radar os estoques semanais de petróleo, com possíveis reflexos sobre o setor de energia.
O ambiente internacional segue marcado por volatilidade moderada. Embora a expectativa de flexibilização monetária em economias centrais sustente algum apetite ao risco, incertezas políticas — como a proximidade das eleições de 2026 no Brasil e nos Estados Unidos — mantêm os investidores cautelosos. Fluxos defensivos e antecipação de mudanças tributárias continuam influenciando o comportamento do câmbio.
Resumo do mercado de câmbio
Em síntese, o dólar começa o dia em leve valorização, em um cenário de menor liquidez e atenção concentrada na agenda econômica. A divulgação de indicadores de inflação no Brasil e de atividade nos Estados Unidos deve definir o tom dos negócios ao longo da sessão.
Ouro sobe com busca por proteção em meio à volatilidade global
O ouro abriu esta terça-feira (23) em alta no mercado brasileiro, cotado a R$ 807,58 por grama (24 quilates), avanço de 4,5% em relação ao fechamento anterior. No mercado internacional, o metal é negociado próximo de US$ 4.495 por onça, acumulando ganhos recentes.
A valorização reflete o aumento da demanda por ativos considerados seguros, em meio a um cenário de incertezas fiscais e tensões geopolíticas. A aversão ao risco tem sido intensificada por disputas políticas e por expectativas em torno da condução da política econômica nos Estados Unidos.
A perspectiva de uma postura mais flexível do Federal Reserve ao longo de 2026, após a divulgação de dados de inflação abaixo das projeções, também contribui para reforçar a atratividade do ouro como instrumento de proteção contra a volatilidade dos mercados financeiros.
No Brasil, investidores acompanham a divulgação do IPCA-15 de dezembro, que pode influenciar as expectativas para os juros domésticos. O ambiente político, marcado pela votação do Orçamento de 2026 e debates tributários no Congresso, também entra no radar dos agentes econômicos.
Nos Estados Unidos, além dos indicadores de atividade econômica, o mercado observa os dados do setor de energia, como os estoques semanais de petróleo, que podem impactar os preços de commodities e o humor dos investidores.
Resumo do mercado de ouro
Com isso, o ouro inicia o dia em trajetória de alta, consolidando seu papel como ativo de proteção em um contexto de volatilidade global, agenda econômica intensa e incertezas políticas persistentes.





















