A inadimplência no pagamento de aluguéis no Brasil atingiu, em novembro, o menor nível dos últimos cinco meses, com taxa média de 3,69%, segundo o Índice de Inadimplência Locatícia (IIL) da Superlógica. Em outubro, o indicador havia registrado 3,76%. Apesar da melhora mensal, o índice permanece acima do observado no mesmo período de 2024, quando a taxa era de 3,20%, representando alta de 0,49 ponto percentual na comparação anual.
De acordo com o levantamento, a redução registrada em novembro interrompe uma sequência de cinco meses de elevação da inadimplência. Para Manoel Gonçalves, diretor de Negócios para Imobiliárias do Grupo Superlógica, o recuo traz um sinal positivo para o início de 2026, mas o cenário ainda exige cautela diante do comportamento da inflação e das taxas de juros.
Faixa de valor dos imóveis apresenta comportamentos distintos
Na análise por faixa de valor dos imóveis residenciais, os aluguéis de alta renda — acima de R$ 13 mil — apresentaram queda de 0,26 ponto percentual, passando de 6,63% em outubro para 6,37% em novembro. Já os imóveis com aluguel de até R$ 1.000 registraram aumento da inadimplência, que subiu de 6,03% para 6,26%, mantendo-se entre as faixas com maior índice de atraso.
As menores taxas foram observadas nos imóveis com valores entre R$ 2.000 e R$ 3.000 (1,95%) e entre R$ 3.000 e R$ 5.000 (1,97%).
Inadimplência em imóveis comerciais mantém estabilidade
Entre os imóveis comerciais, a maior taxa de inadimplência continuou concentrada na faixa de até R$ 1.000, com 9,57% em novembro, praticamente estável em relação a outubro. Imóveis com aluguel acima de R$ 13 mil registraram taxa de 5,91%, enquanto a menor inadimplência foi observada na faixa entre R$ 5.000 e R$ 8.000, com 4,25%.
Apartamentos têm queda e casas registram aumento
Ao considerar o tipo de imóvel, os apartamentos apresentaram redução na inadimplência, passando de 2,49% em outubro para 2,39% em novembro. As casas, por outro lado, tiveram aumento no período, de 3,74% para 3,93%. No segmento de imóveis comerciais, houve queda da taxa, de 5,45% para 5,22%.
Nordeste segue com maior taxa, apesar de recuo significativo
Na análise regional, o Nordeste manteve a maior taxa de inadimplência do país, com 5,23%, apesar de uma queda expressiva de 1,61 ponto percentual em relação a outubro. A região Norte aparece em seguida, com 4,45%, após leve alta mensal.
O Centro-Oeste registrou redução e alcançou 3,38%. O Sudeste manteve estabilidade, com 3,40%, enquanto o Sul continuou apresentando o menor índice nacional, com 2,96%, apesar de pequena elevação em relação ao mês anterior.




















