O Brasil deve ser o primeiro país a implementar o “Mapa do Caminho”, um roteiro para a redução do uso de combustíveis fósseis e a diminuição de emissões de gases de efeito estufa, defendeu nesta segunda-feira (24) o professor Aldo Fornazieri, diretor acadêmico da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).
A proposta foi apresentada pelo Brasil durante a cop30, mas não foi incluída no documento final do encontro por não ter obtido unanimidade entre os participantes. Ainda assim, o Mapa do Caminho recebeu apoio de mais de 80 países.
“Temos o dever, já que o presidente Lula lançou essa iniciativa, de cobrar que o Brasil seja o primeiro a traçar o Mapa do Caminho aqui. Não é porque a ONU não abraçou a ideia de forma decisiva que o governo deve se eximir. Se o presidente lançou a proposta, o Brasil é obrigado a construir o mapa”, afirmou Fornazieri, durante o evento Pós-COP30: O Brasil Diante das Transformações Globais, realizado na sede da FESPSP, em São Paulo.
Segundo o professor, a implementação pelo Brasil seria também um passo importante para consolidar o país como líder na agenda climática.
Continuidade das discussões na COP
Durante a COP30, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou que, embora o Mapa do Caminho não tenha sido aprovado formalmente, a proposta não foi descartada e seguirá em debate nos próximos meses entre os países. O Brasil permanecerá na presidência da COP até novembro de 2026.
“O Mapa do Caminho já não é mais apenas uma proposta do presidente Lula, mas de dezenas de países e de milhares de pessoas em todo o mundo, com respaldo da comunidade científica”, disse a ministra. Ela acrescentou que cada país deverá desenvolver sua própria trajetória de redução de combustíveis fósseis, reconhecendo que nações ricas já possuem planos estruturados, enquanto países em desenvolvimento, dependentes do petróleo, ainda precisam elaborar suas estratégias.
Marina Silva reforçou que o esforço brasileiro será fundamental para orientar outros países em desenvolvimento e contribuir para a implementação global de políticas de descarbonização.
Com informação agência Brasil.






















