O governo federal anunciou a ampliação dos critérios para que empresas brasileiras afetadas pelas tarifas de exportação impostas pelos Estados Unidos possam acessar linhas de crédito emergencial. A medida reduz de 5% para 1% o percentual mínimo de impacto no faturamento bruto das exportações necessário para solicitar o apoio financeiro.
Com a nova regra, empresas que tenham ao menos 1% do faturamento das exportações para os Estados Unidos, no período entre julho de 2024 e junho de 2025, comprometido pelas tarifas poderão participar do programa. A portaria também passa a incluir fornecedores de exportadores entre os beneficiários, desde que cumpram o mesmo critério de impacto.
As linhas de crédito, que totalizam R$ 30 bilhões, são operadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo o governo, as negociações com os Estados Unidos sobre as tarifas continuam em andamento.
Em nota, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou que a ampliação do programa busca atender às demandas do setor produtivo. “Ampliamos o critério de faturamento e, como já havíamos previsto no plano, aumentamos a abrangência setorial para contemplar também os fornecedores”, declarou.
Negociações bilaterais
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reuniu-se na quarta-feira (12) com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em Niágara, no Canadá, à margem da reunião do G7. Segundo o Itamaraty, o encontro tratou do andamento das negociações bilaterais sobre tarifas comerciais.
O chanceler informou que, em 4 de novembro, o Brasil enviou uma proposta de negociação aos Estados Unidos, após uma reunião virtual entre as equipes técnicas dos dois países.
A expectativa do governo brasileiro é que as discussões avancem para mitigar os impactos das tarifas sobre as exportações nacionais e fortalecer o comércio bilateral.
Fonte//Agência Brasil.

















