O mercado de energia solar consolidou-se como um dos principais motores de geração de empregos e transformação econômica no Brasil.
Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), em 2024 o setor foi responsável pela criação de 500 mil novos empregos verdes, movimentou R$ 57,5 bilhões em investimentos e evitou a emissão de 27 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂).
Atualmente, 22,2% da energia consumida no país provém de sistemas fotovoltaicos, ficando atrás apenas da geração hídrica, que representa 44,5% da matriz elétrica nacional.
Desde os anos 1990, quando a Tecnologia solar começou a ganhar espaço no Brasil, o setor já acumula R$ 250,9 bilhões em investimentos, 1,6 milhão de empregos e R$ 78 bilhões em tributos arrecadados.
Expansão acelerada até 2025
A expectativa da ABSOLAR é que, até o fim de 2025, os sistemas de geração distribuída — instalados em residências, comércios, propriedades rurais e prédios públicos — alcancem 43 gigawatts (GW) de capacidade instalada. As usinas solares centralizadas devem atingir 21,7 GW, totalizando 64,7 GW em todo o território nacional.
Esse crescimento expressivo reflete o avanço da popularização da energia solar, mas também evidencia novos desafios operacionais, especialmente na gestão e coordenação de equipes técnicas responsáveis pela instalação e manutenção dos sistemas.
Falta de qualificação e gestão de campo desafiam instaladoras
O aumento da demanda fez surgir milhares de empresas instaladoras e integradoras, ampliando a necessidade de treinamento e padronização de processos.
Cada sistema fotovoltaico exige, em média, três a cinco visitas técnicas, entre vistoria, instalação e manutenção, segundo o Instituto Ideal — o que amplia a complexidade logística e operacional das empresas do setor.
Especialistas apontam que a falta de rastreabilidade e controle operacional é um dos gargalos do segmento. Nesse contexto, soluções digitais de gestão vêm ganhando importância como ferramentas estratégicas para acompanhar o avanço do mercado.
Digitalização melhora eficiência e rastreabilidade
Com o crescimento descentralizado da geração de energia, a eficiência na gestão de campo tornou-se essencial para garantir qualidade no atendimento e manutenção.
Plataformas de Field Service Management (FSM), que auxiliam no gerenciamento de equipes externas, têm sido cada vez mais adotadas por instaladoras de diferentes portes.
Esses sistemas permitem organizar agendas, monitorar rotas em tempo real, registrar atividades por meio de fotos e assinaturas digitais, além de centralizar informações sobre segurança e conformidade regulatória. A digitalização também reduz custos logísticos e melhora a experiência do cliente final.
Tecnologia como pilar da expansão sustentável
O avanço da energia solar no Brasil depende não apenas de incentivos econômicos e regulatórios, mas também da capacidade do setor de se adaptar às exigências de gestão e controle de qualidade.
Soluções tecnológicas voltadas à organização operacional, integração de dados e monitoramento em tempo real ajudam a profissionalizar as instaladoras e ampliar a eficiência do mercado.
Em um cenário de crescimento acelerado, a tecnologia se consolida como elemento-chave para garantir a sustentabilidade e a competitividade da cadeia solar brasileira.