O Brasil consolidou em 2024 uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com destaque para o setor industrial. De acordo com o Balanço Energético Nacional (BEN) 2025, divulgado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), 64,4% da energia utilizada pela indústria no ano passado teve origem em fontes renováveis. O índice ficou próximo ao de 2023, quando o percentual foi de 64,7%.
A eletricidade respondeu por 22% do consumo, sendo que 88,2% dela vieram de fontes limpas. O bagaço da cana representou 21,3% do total. Outras fontes utilizadas foram: licor preto (9%), lenha (8,8%), carvão mineral (11,9%), gás natural (9,4%), carvão vegetal (4%), óleo combustível (1,3%) e demais fontes (12,3%).
Consumo em alta na indústria
O levantamento também mostrou crescimento no consumo de energia em setores nos quais o insumo é determinante. A mineração e a pelotização tiveram alta de 8,4%. Em seguida aparecem papel e celulose, com aumento de 4,6%, e metais não ferrosos e outros ramos da metalurgia, com 3,2%.
No total, o Brasil consumiu 288,3 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep) em 2024. Desse volume, 91,4 milhões de tep foram usados pela indústria, o que representa 31,7% do total. Somado ao setor de transportes, o consumo conjunto chegou a quase 65% de toda a energia demandada no país.
O BEN
O Balanço Energético Nacional é publicado anualmente e reúne estatísticas sobre a oferta e o consumo de energia no Brasil. A publicação apresenta dados relativos à extração de recursos energéticos primários, conversão em formas secundárias, importação, exportação, distribuição e uso final. Desde 2004, a elaboração do documento é responsabilidade da EPE, vinculada ao MME.
Série Energia do Brasil
Para divulgar os principais destaques do relatório, o MME lançou a série especial Energia do Brasil, que traz conteúdos explicativos e infográficos sobre os avanços e desafios do setor energético.
A iniciativa aborda temas como descarbonização da matriz, crescimento do uso de fontes renováveis na indústria e no setor residencial, eletrificação do transporte, diversificação dos biocombustíveis e expansão da energia solar e eólica.