Muitas vezes fazer com que os profissionais se adequem às mudanças impostas dentro da empresa, ou então, encontrar colaboradores que se adequam às novas necessidades do mercado e possuam a qualificação necessária pode ser uma tarefa difícil.
Portanto, investir no treinamento e desenvolvimento de habilidades dos colaboradores pode ser uma alternativa para lidar com esse desafio.
É nesse contexto que surge uma das competências mais demandadas pelos profissionais atualmente, o lifelong learning ou, em português, a aprendizagem contínua.
“As pessoas passam a valorizar o envolvimento em um trabalho que tenha mais oportunidades de desenvolvimento, bem como ambientes que estimulem investir tempo em aprimorar e ganhar novas habilidades. É papel dos líderes cuidar para que os colaboradores tenham a segurança de se desenvolver de modo saudável”, conta Bruno Leonardo, CEO da Witseed, empresa mantenedora da Associação Brasileira de Serviços Compartilhados (ABSC).
Na pesquisa realizada pela Workplace Learning Report, de 2019, 94% dos empregados consideraram o desenvolvimento de carreira o benefício mais importante para escolher onde trabalhar.
Quando levamos isso para a área de Serviços Compartilhados, a história é a mesma.
As empresas precisam de profissionais qualificados e é cada vez mais difícil encontrar pessoas com habilidades conectadas aos novos desafios.
Trazendo a discussão para dentro dos Centros de Serviços Compartilhados, mostra que o grande desafio é gerir a constante capacidade de seus colaboradores em aprender para que estejam preparados para qualquer obstáculo.
“As habilidades de hoje podem já não fazer sentido amanhã, por isso “Lifelong Learning” também será sempre umas das principais competências não só para o CSC, mas para qualquer área e qualquer indivíduo”, aponta Leonardo.
Segundo o executivo, o aprendizado é conhecimento posto em prática, mas para transformar isso em uma cultura o líder precisa inspirar e proporcionar um ambiente propício e amigável à aprendizagem.
“Um estudo da Deloitte mostrou que 70% do engajamento de um time depende do seu líder, portanto o CSC precisa entender que o responsável por isso não é o RH. A gestão do conhecimento é sobre gestão de pessoas, para isso é preciso conhecer os desafios atuais, fornecer conteúdo diverso e atualizado para tornar o aprendizado importante e cultural dentro da empresa”, adiciona.
O futuro caminha no sentido da flexibilidade e agilidade para acompanhar as mudanças do mercado. Isso ocorre em qualquer área da corporação, portanto também diz respeito aos CSCs.
Em suma, o que é flexível não quebra e nesse conceito o mindset aberto à mudança contribui com o sucesso das organizações.
Diante do grande desafio da transformação acelerada, a agilidade se torna o segundo pilar de todas as outras mudanças que estão por vir.
De acordo com um estudo do Institute for the Future, até 2030 aproximadamente 85% das profissões serão novas. Ou seja, será cada vez mais difícil encontrar profissionais prontos para os desafios velozes do mercado.
“Traçar um paralelo sobre o futuro das organizações para tentar encontrar a resposta sobre o futuro do CSC é uma responsabilidade muito grande, mas podemos afirmar que o aprendizado contínuo e digital é o caminho. Em geral, os vencedores do amanhã serão aqueles que poderão acelerar suas taxas de aprendizado para se adaptar a qualquer cenário, o quanto antes”, finaliza o CEO.
Sobre a ABSC
Fundada em 2015, a Associação Brasileira de Serviços Compartilhados (ABSC) representa a maior iniciativa no Brasil de aproximação e consolidação do segmento frente ao mercado, sociedade e governo.
Sem fins lucrativos, a associação é formada por profissionais e empresas, e tem como principal intuito promover o tema Serviços Compartilhados por meio da integração de seus associados, prestando serviços, captando informações, disseminando conhecimentos, exercendo ação política e contribuindo para o aumento da competitividade do setor.