A forma de relacionamento das pessoas dentro das empresas vive em constante mudança, principalmente nos últimos anos.
Mas, algo permanece: a importância de um bom líder para a saúde organizacional.
Uma pesquisa feita pela consultoria de recrutamento Michael Page, há algum tempo, mostrou que 8 em cada 10 profissionais pede demissão por causa do chefe.
Isso porque existe uma carência de pessoas preparadas para assumir esse papel, que vai além de um cargo e exige vivência, inovação, humanização e coragem.
Muitas são as características que definem um mau líder, do tipo que chega ao extremo de ser “demitido pelos funcionários”.
Mas quero, aqui, elencar alguns pontos que definem uma boa liderança, do tipo que é capaz de fazer com que a empresa ganhe com a excelência da sua equipe e que os colaboradores não o vejam como um motivo para querer se demitir.
Entre esses pontos, gosto de destacar a importância da relação de confiança estabelecida entre líder e equipe.
Para mim, é a chave desse processo de relacionamento. Os membros do grupo precisam confiar na capacidade de direcionamento do seu líder e querer segui-lo. Essa confiança passa por outro ponto, que é a comunicação frequente e assertiva.
Quem está no comando deve conseguir dar direcionamentos claros aos seus liderados, ter a sensibilidade de dar feedbacks positivos e não se furtar de cobrar, de forma construtiva, o que precisa ser adequado.
As habilidades dos membros da equipe vão sendo aprimoradas com o tempo e com base nos desafios superados, com muitos acertos e alguns tropeços pelo caminho.
Assim como já ocorreu, anteriormente, com os líderes.
Por isso, é importantíssimo, no processo de desenvolvimento de um profissional, que a sua liderança tenha a devida habilidade de pontuar aquilo que não está tão bem feito, e que possa orientar para que a pessoa corrija, porque é isso que vai contribuir para que o indivíduo evolua.
Outro fator a ser considerado, aqui, é a segurança que a equipe precisa ter em relação ao líder.
Quem está no comando tem que passar segurança para os demais seguirem suas orientações, além de tranquilidade para lidar com o que não sai conforme o planejado.
Faltam lideranças preparadas para potencializar o desempenho das pessoas que fazem parte da sua equipe.
Mas, sobram os que subentendem que possuem as habilidades para ser uma liderança, com uma visão um tanto quanto distorcida a respeito desse papel, e, com isso, acabam, por vezes, sendo demitidas pelos seus liderados, que preferem abandonar o emprego a permanecer sob seu comando.
Sobre o especialista
Roberto Vilela é mentor e estrategista de negócios, com atuação nas áreas comercial e de gestão. Atua em todo o Brasil com clientes de médio e grande porte realizando palestras, treinamentos e apoiando na elaboração de táticas empresariais.
É autor dos livros Em Busca do Ritmo Perfeito, em que traça um paralelo entre as lições do universo das corridas para a rotina de trabalho, e Caçador de Negócios, com dicas para performances de excelência profissional.
Produz ainda séries de podcasts sobre estes assuntos, disponíveis nas plataformas Spotify e Itunes. No Instagram, o profissional também traz dicas, insights, bate-papo com gestores e outros conteúdos relacionados a gestão, liderança e performance