O Índice FipeZAP+ de Locação Residencial, que acompanha o comportamento do preço médio do aluguel de imóveis residenciais em 25 cidades brasileiras*, registrou alta de 1,36% em fevereiro de 2022 — o maior avanço mensal desde dezembro de 2011 (+1,39%).
O resultado corresponde também ao oitavo avanço consecutivo do índice, em nova aceleração frente às variações apuradas ao longo do 2º semestre de 2021 — julho (+0,13%), agosto (+0,37%), setembro (+0,52%), outubro (+0,57%), novembro (+0,66%) e dezembro (+0,80%) — bem como em janeiro de 2022 (+1,03%).
Comparativamente, a variação mensal do índice superou a inflação medida pelo IPCA/IBGE (+1,01%), embora tenha permanecido abaixo da inflação apurada pelo IGP-M/FGV (+1,83%).
Individualmente, quase todas as cidades monitoradas registraram avanço nominal, à exceção de São Bernardo (-0,23%).
Considerando as 11 capitais contempladas pelo índice, as seguintes variações mensais foram observadas:
- Goiânia (+4,92%)
- Salvador (+2,45%)
- Florianópolis (+2,38%)
- Fortaleza (+2,36%)
- Recife (+1,96%)
- Belo Horizonte (+1,77%)
- Rio de Janeiro (+1,52%)
- Curitiba (+1,44%)
- São Paulo (+0,87%)
- Brasília (+0,68%)
- Porto Alegre (+0,21%)
Balanço parcial de 2022
O final do primeiro bimestre de 2022, o Índice FipeZAP+ de Locação Residencial acumula uma alta de 2,40%, superando nesse intervalo a inflação ao consumidor medida pelo IPCA/IBGE (+1,56%), embora permaneça abaixo da variação apurada pelo IGP-M/IBGE (+3,68%).
Todas as 25 cidades monitoradas compartilham da alta nos preços do aluguel residencial, entre elas:
- Goiânia (+8,83%)
- Florianópolis (+4,10%)
- Salvador (+4,06%)
- Curitiba (+3,82%)
- Fortaleza (+3,44%)
- Recife (+3,29%)
- Rio de Janeiro (+2,72%)
- Belo Horizonte (+2,08%)
- Brasília (+1,83%)
- São Paulo (+1,40%)
- Porto Alegre (+0,32%)
Análise dos últimos 12 meses
Em um recorte temporal ampliado, o Índice FipeZAP+ de Locação Residencial acumula alta de 5,89% nos 12 meses encerrados em fevereiro de 2022: variação inferior à inflação registrada tanto pelo IPCA/IBGE (+10,54%) quanto pelo IGP-M/FGV (+16,12%) no período.
Também neste horizonte todas as 25 cidades monitoradas pelo índice registram elevação nominal em seus respectivos preços de locação de imóveis residenciais, destacando-se as seguintes variações nas capitais:
- Curitiba (+15,73%)
- Fortaleza (+14,37%)
- Goiânia (+14,10%)
- Florianópolis (+13,46%)
- Recife (+12,54%)
- Belo Horizonte (+8,24%)
- Salvador (+6,30%)
- Brasília (+6,09%)
- Rio de Janeiro (+5,53%)
- Porto Alegre (+1,94%)
- São Paulo (+1,13%)
Preço médio de locação residencial
Com base em dados de 25 cidades monitoradas pelo Índice FipeZAP+ de Locação Residencial, o preço médio do aluguel de imóveis residenciais foi de R$ 32,26/m² em fevereiro de 2022.
Comparando-se a apuração nesse mês nas capitais acompanhadas, São Paulo apresentou o preço médio de locação residencial mais elevado no último período (R$ 40,25/m²), seguida pelos valores médios registrados em:
- Recife (R$ 36,77/m²)
- Brasília (R$ 34,62/m²)
- Rio de Janeiro (R$ 32,91/m²)
Já as capitais monitoradas com menor valor de locação residencial no último período incluíram:
- Fortaleza (R$ 19,65/m²)
- Goiânia (R$ 21,36/m²)
- Curitiba (R$ 24,70/m²)
- Porto Alegre (R$ 24,99/m²)
Rentabilidade do aluguel
A razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis é uma medida de rentabilidade (rental yield) para o investidor que opta em adquirir o imóvel com a finalidade de obter renda com aluguel.
Na prática, o indicador pode ser utilizado para avaliar a atratividade do mercado imobiliário em relação a alternativas de investimentos disponíveis.
Com base nas últimas informações, o retorno médio do aluguel residencial foi de 4,73% ao ano — percentual inferior à rentabilidade média projetada para aplicações financeiras de referência nos próximos 12 meses.
Nota (*):
os preços considerados se referem a anúncios para novos aluguéis.
O Índice FipeZAP+ de Locação Residencial não incorpora em seu cálculo a correção dos aluguéis vigentes, cujos valores são reajustados periodicamente de acordo com o especificado em contrato.
Como resultado, o índice capta de forma mais dinâmica a evolução da oferta e da demanda por moradia ao longo do tempo.
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