Costurando Sonhos fortalece economia em Pontal do Paraná

Costurando Sonhos fortalece economia em Pontal do Paraná

Costurando Sonhos fortalece economia em Pontal do Paraná

Qual é a dimensão de um sonho? Consiste em garantir que cerca de 4 mil crianças matriculadas na rede pública de ensino municipal recebam, de forma gratuita, um conjunto completo de uniformes de alta qualidade (totalizando 45 mil peças) fabricados por costureiras locais capacitadas, que se tornaram empreendedoras que fornecem serviços para a Prefeitura e outros clientes. Em Pontal do Paraná, uma cidade em rápido crescimento no litoral paranaense e conhecida por suas belas e limpas praias do Sul do Brasil, o tamanho do sonho se encaixa no uniforme escolar de cada aluno. Essa iniciativa não só cria empregos e gera renda, mas também mantém dinheiro circulando na economia local, onde residem 30.425 habitantes (de acordo com o Censo do IBGE de 2022).

O projeto deu certo. Apenas os tecidos e alguns aviamentos são comprados em outras cidades, já que não há produção local. O “Costurando Sonhos” é uma iniciativa da Prefeitura, que firmou várias parcerias e capacitou um time com mais de 60 costureiras (os) através de cursos profissionalizantes de costura industrial. Além disso, o projeto também possibilitou que essas pessoas se tornassem microempreendedores individuais (MEIs), podendo também prestar serviço a outros clientes.

No início de abril, 1.367 alunos dos 15 Centros Municipais de Educação (CMEIs), em todas as regiões da cidade, receberam os uniformes entregues pela Secretaria Municipal de Educação (Smed).

A ideia surgiu do desejo do prefeito Rudão Gimenes de manter dinheiro girando na própria cidade, proporcionar qualificação, incentivar os novos empresários e unir tudo num projeto de muitos anos vestindo as crianças nas escolas.

A oferta dos cursos de capacitação e a formalização dos costureiros como empresários microempreendedores individuais contou também com participação da Sala do Empreendedor e do Escritório de Compras, mantidos pela Prefeitura. “Montamos duas salas de costura industrial e também compramos tecidos, linhas e todos os outros materiais para garantir a produção dos uniformes”, explica o prefeito.

Os micro e pequenos empreendedores individuais (MEIs) são profissionais que trabalham por conta própria, mas têm serviço garantido em Pontal quando passam a ter um CNPJ e podem emitir nota fiscal. Eles também passam a contar com direitos de pessoa jurídica como aposentadoria, auxílio-doença e auxílio-maternidade.

“Queremos que o dinheiro fique no município e impulsione a economia local garantindo uniformes escolares com qualidade para nossos alunos, além de gerar emprego e renda a quem produz”, explica o prefeito.

Inclusão: A vice-prefeita Patrícia Millo Marcomini, também secretária de Assistência Social, destaca as parcerias com Provopar e Senai como fundamentais para o sucesso da iniciativa. “Avançamos produzindo nossos próprios uniformes fazendo a diferença diretamente na vida dessas pessoas, dos alunos e da cidade em geral”, diz Patrícia.

Sala de Costura: Francisca Moura Kaminski, coordenadora do Projeto Retalhando do Provopar, parceiro do “Costurando Sonhos”, acolhe e encaminha mulheres para cursos de economia doméstica que incluem costura com aproveitamento de retalhos da indústria têxtil. “Fizemos avaliações e os aprovados foram encaminhados para os cursos e para formalização como MEIs.

As 45 mil peças foram distribuídas em conjuntos de duas camisetas manga curta e duas bermudas de helanca (kit verão) e duas camisetas manga longa, duas calças, uma jaqueta e uma jaqueta felpada (kit inverno). A qualidade é superior ao material distribuído em anos anteriores e houve confecção sob medida para os alunos fora das medidas padrão. Quando preciso, houve ajustes sob medida sem custo para as famílias, aproveitamento de retalhos para confecção de tapetes e de roupas de bebês de outro projeto, o “Mãe Pontalense”. Além disso, utilização de resíduos para enchimento de bonecas e pesos de porta. O custo de produção de cada kit foi 10% menor e com produção de 8 mil peças a mais que em 2023. Definitivamente, quando há boa vontade sonhos podem sim, caber no uniforme escolar de uma criança.

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