Inadimplência cresce, e 9% das micro e pequenas indústrias deixaram de pagar contas básicas

Foto: Pexels

Os gastos elevados com energia elétrica não é dor de cabeça apenas para as residências brasileiras, mas afetam também muitas empresas independente do porte.

Segundo o Indicador Nacional da Micro e Pequena Indústria, pesquisa realizada pelo Datafolha a pedido do Sindicato da Micro e Pequena Indústria de São Paulo (SIMPI), entre os meses de dezembro de 2022 e janeiro deste ano, 9% dos entrevistados deixaram de pagar contas de consumo como energia elétrica, telefone e água.

Entre as micro a inadimplência de contas de consuma foi maior (10%) em comparação com as pequenas (1%).

Nordeste e Sudeste são as regiões com maior número de empresários das micro e pequenas indústrias inadimplentes (12%, respectivamente).

Em se tratando de inadimplência, a pesquisa aponta que no total 29% deixaram de pagar pelo menos um destes itens: fornecedor(es), dívidas com bancos ou financeiras, despesas gerais, impostos ou taxas e as já citadas contas de consumo.

Anteriormente nas pesquisas de novembro e dezembro/22, e setembro e outubro/22, o indicador de inadimplência marcou 24% e 25%, respectivamente.

Nordeste é a região com o nível de inadimplência mais elevado, com porcentagem de 37%.

Na sequência vem Centro-Oeste com 34%, Sudeste com 31% e Sul com 20%.

Os empresários das micro e pequenas indústrias do Nordeste ainda apresentam o índice mais elevado em inadimplência com dívida com financeiras e bancos (10%), e na inadimplência de algum imposto ou taxa (25%).

No geral, 20% dos entrevistados de todo o país deixaram de honrar seus impostos, sendo a maior parcela entre os empresários das micro (21%) do que das pequenas indústrias (13%).

Para o presidente do SIMPI, Joseph Couri, a perda de poder aquisitivo de uma forma geral causada pela elevação não só dos preços, mas também dos custos financeiros é a causa para o elevado índice de endividamento das micro e pequenas indústrias.

“Quando se aumentam os preços, elevam a taxa de juros e não tem a contrapartida salarial, temos cada vez menos consumidores. Consequentemente, na ponta empresarial, vemos uma queda na produção, e um baixa nos lucros ocasionando maior endividamento.”

A pesquisa

O Indicador Nacional de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo, encomendado pelo Simpi e efetuado pelo Datafolha, é a 5ª pesquisa das micro e pequenas indústrias a nível nacional e deseja ser reconhecido como sinalizador de tendência.

A coleta de dados ocorreu entre os dias 09 e 24 de janeiro de 2023 e foram realizadas 708 entrevistas.

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