WI-FI eficiente: PROTESTE testa 8 marcas de repitidores de sinais

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Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Nesta terça-feira, 28, a PROTESTE, Associação de Consumidores, divulga os resultados do teste realizado com repetidores de sinal. Muito utilizado pelos consumidores, o repeditor de sinal é um produto que tem como finalidade aumentar o sinal do Wi-Fi em um determinado ambiente, uma vez que ele recebe o sinal sem fio da rede doméstica gerado pelo roteador e o amplifica. Desse modo, o sinal passa a alcançar uma área consideravelmente maior.

Para o teste da PROTESTE, foram selecionados oito modelos: Comtac WN9255, D-Link DAP-1325, D-Link DHP-W311AV, Mercusys MW300RE, Intelbras IWE 3000N, TP-Link TL-WPA4220KIT, TP-Link TL-WA855RE e Xiaomi WiFi Repeater 2.

Faltam informações para o usuário
Foram checadas todas as informações referentes aos produtos, seja nas embalagens, nos manuais, guia rápidos e CDs, com o objetivo de verificar se elas eram claras e se o consumidor conseguiria utilizar os aparelhos com segurança.

A PROTESTE constatou que o modelo Xiaomi não vem com manual de instrução e as únicas informações disponíveis na embalagem estão em inglês. Como isso vai contra o Código de Defesa do Consumidor, o repetidor foi avaliado como muito ruim no quesito e eliminado do teste. Para saber mais sobre o caso, confira o alerta em destaque da página 17.

Todos os produtos contam com guia rápido de instalação, mas não oferecem ao consumidor um manual completo. Os modelos de repetidores TP-Link TL-WPA4220KIT, D-Link DHP-W311AV e Comtac possuem manual completo em CD, mas este tipo de mídia está ficando tão obsoleto que diversos notebooks atualmente produzidos já não contam mais com leitores de discos.

Os piores modelos neste item foram o Mercusys e o TP-link TL-WA855RE, pois têm manuais impressos em folhas muito pequenas, com poucos diagramas e fotos. O repetidor Intelbras foi considerado aceitável principalmente em função do tamanho das letras, ao passo que os demais foram avaliados como bons.

D-Link e Intelbras têm maior garantia

Alguns equipamentos não trazem informação sobre garantia, sendo, portanto, considerados muito ruins. Entretanto, mesmo sem informações nos manuais, os fabricantes são obrigados a oferecer três meses de garantia legal.

Os modelos da D-Link e o da Intelbras oferecem cinco anos de garantia e foram considerados muito bons. Por sua vez, o modelo da Mercusys conta com dois anos de garantia e foi avaliado como aceitável. Os demais não trazem qualquer informação, sendo classificados com muito ruins.

Todos os produtos possuem os protocolos WiFi-b e WiFi-n sendo que o “n” é o mais rápido entre os dois. Se algum dispositivo estiver ligado na rede com o protocolo “b”, a rede toda é restringida à velocidade máxima suportada por esse protocolo, cada vez mais incomum em produtos novos.

Os repetidores de sinal possuem duas antenas internas para distribuição do sinal Wi-Fi. Entre os modelos avaliados no teste, apenas o Mercusys conta com três antenas. Todos os aparelhos avaliados têm velocidade máxima de 300 Mbps e possuem protocolos de segurança que protegem a senha da rede. No geral, o destaque em termos de versatilidade foi modelo Intelbras. O de menor desempenho foi o Mercusys, que, entretanto, foi considerado aceitável.

Atualização é um problema

O firmware é a programação feita diretamente no hardware do dispositivo, e mantê-lo atualizado é importante para que o produto tenha melhoras constantes em desempenho e segurança. Porém, nenhum dos modelos testados informa, no manual, sobre a necessidade de verificar a disponibilidade de versões mais novas de firmware.

É muito trabalhoso fazer a atualização, e, para isso, é necessário verificar a versão do firmware, ir até o site do fabricante, achar o modelo, fazer o seu download e, por fim, realizar a instalação. Há poucas chances de que o usuário comum opte por realizar esse procedimento, inclusive porque terá medo de cometer algum erro e acabar danificando o produto.

Entre os modelos testados, apenas no D-Link DAP-1325 foi fácil fazer a atualização. Nos demais, o processo foi longo e demorado, enquanto que no modelo Intelbras não foi possível atualizar.

Ninguém vai bem no teste de velocidade

Para avaliarmos o consumo de energia dos aparelhos, fizemos medições com eles em uso e em standby, durante 24 horas, sete dias por semana. Apesar dos custos mensais serem baixos, encontramos produtos bem mais econômicos do que outros. Por exemplo, o D-Link DAP-1325 gasta somente R$ 0,39 ao mês tanto em standby quanto operando, enquanto o Comtac custa R$ 0,92 nas mesmas situações, ou seja, quase o triplo.

Quanto ao teste de desempenho da distribuição do sinal Wi-Fi, ele foi feito no mesmo ambiente em que o roteador ou repetidor está e também no cômodo adjacente. Além disso, também foi medida a velocidade da internet a cabo. A conexão usada para os testes foi de 100 Mbps, sendo, então, impossível obter uma velocidade de conexão maior do que essa.

Os resultados registrados não foram dos melhores, e tanto a velocidade de upload quanto a de download ficaram bem abaixo das verificadas com os produtos que avaliamos em nosso teste de 2017. O repetidor Comtac foi o pior entre os participantes, sendo considerado como muito ruim, mesma classificação do Intelbras. Todos os outros foram considerados ruins.

Se no teste mais importante não tivemos bons resultados, na avaliação global ficou evidente que os produtos são econômicos e versáteis. O melhor do teste foi o repetidor TP-Link TL-WPA4220KIT, que disponibiliza boas informações, é econômico, versátil e um dos mais fáceis de instalar. Já o escolha certa foi o D-Link DAP-1325, que tem qualidades semelhantes e custa menos. Se o consumidor, entre os dois, optar pelo D-Link, a economia pode chegar a R$ 206,98, ou seja, é possível comprar mais dois aparelhos e ainda guardar a diferença.

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