De acordo com um levantamento feito pela Medway, empresa especializada na fabricação de produtos hospitalares descartáveis, na última semana, os pedidos de máscaras hospitalares aumentaram em 1.000% na última semana.
A explicação para o aumento vertiginoso é a volta às aulas.
A maioria dos alunos das capitais brasileiras voltaram para os bancos escolares entre a última semana de janeiro e a primeira de fevereiro.
Entre as exigências, principalmente das escolas particulares, está o uso de máscaras cirúrgicas de uso hospitalar com três camadas ou do modelo N95/PFF2.
“Um cliente que nos demandava 10 mil máscaras no mês, neste período nos solicitou 200 mil. É um aumento bem expressivo”, diz Vinicius Degani, CEO da Medway.
Uma das explicações pela exigência de materiais específicos é a concordância entre especialistas da baixa eficácia das máscaras de pano.
De acordo com a professora Trish Greenhalgh, da prestigiada universidade de Oxford, as máscaras de camada dupla ou tripla com uma combinação de materiais são mais eficazes e, portanto, recomendadas.
“Nosso produto, homologado pela ANVISA, apresenta 98% de eficácia na proteção de partículas e bactérias, o que ajuda contra o vírus, inclusive contra o coronavírus e suas variantes, estendendo à Ômicron”, garante Degani.
Outros países já haviam proibido o uso de máscaras de pano. Há um ano, a França, por exemplo, tornou obrigatório nas escolas o uso de máscaras cirúrgicas do tipo 1, com filtragem superior a 90%, para professores, funcionários e estudantes dos ensinos fundamental e médio.
Apesar do aumento substancial, Degani avisa que por ora não há risco de desabastecimento. “Os pais podem ficar tranquilos, não precisam fazer uma corrida às farmácias.
Apesar do mercado estar saturado, estamos trabalhando literalmente 24 por dia, 7 dias da semana para suprir a demanda”, conclui o executivo.
Sobre Vinicius Degani
Vinicius Degani é formado em Business Administration and Management na Stony Brook (EUA). Depois de passagens como executivo em grandes companhias brasileiras, fundou sua primeira empresa, a Sorvetes É o Bicho, ideia que foi concebida e desenvolvida em Harvard(EUA).
Em 2021, a marca foi vendida para a Los Los e o executivo fundou a MedWay, que com pouco menos de um ano já é referência no segmento de equipamentos hospitalares.
Em 2021 a empresa se tornou uma das líderes de mercado em seu ramo de atuação.