O que antes dividia a opinião, em relação à preferência do consumidor, com o avanço desenfreado do Coronavírus, no Brasil, o favoritismo virou uma obrigatoriedade: as compras e vendas online.
Com a maioria das lojas fechadas, em respeito às regras e orientações decretadas por autoridades, as compras pela internet tiveram um salto enorme.
De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) , algumas lojas virtuais já registraram crescimento de 180% nas vendas online, destaque para alimentos e bebidas, saúde e beleza.
Já no comércio eletrônico, a alta das vendas totais supera os 40% de aumento. Os dados são do Compre e Confie, empresa de inteligência de mercado focada em E-commerce.
“Sem dúvidas, houve um aumento notável do tráfego online. A internet é o meio mais seguro (talvez o único) de se relacionar tanto de forma pessoal como profissional nesse período de quarentena. Estar online se tornou inevitável. Acontecimentos marcantes como anúncios de estado de emergência nos EUA, entre outros, aumentam ainda mais esses gráficos de acessos.” Complementa Nathaly Picaglia, CEO da Agência de Marketing Digital Moustache.
Um cenário que obriga empreendedores e empresários se reinventar
Novos modelos e formatos de se chegar ao consumidor já é um fato; e é um fato consumado e inquestionável!
A pergunta agora é como garantir um espaço virtual e disputar a preferência do consumidor, principalmente para aqueles que tiveram um pouco mais de resistência para iniciar as vendas na internet?
Pensando nos possíveis reflexos do atual momento, a Revista Capital Econômico ouviu a Diretora Executiva de uma das Agências de Marketing Digital mais conceituada do Brasil, Nathaly Picaglia, que deu dicas importante sobre este novo modelo de interação entre negócios e clientes.
Confira a entrevista na íntegra
Revista Capital Econômico: Diante do atual cenário, como se reinventar para ser atual, eficiente e atender as necessidades do mercado?
Nathaly Picaglia: O foco das vendas agora são produtos básicos, de primeira necessidade (e o aumento das vendas deles online é apenas uma consequência, por conta da crise).
Caso o produto ofertado não seja de primeira necessidade, ou melhor, não atenda a essas urgências, a sugestão é que foquem em melhores ofertas e ofertas criativas, bem como vendas pelo WhatsApp, por exemplo, e outras ferramentas digitais.
Revista Capital Econômico: E como se destacar no meio de tanta concorrência?
Nathaly Picaglia: Este é o momento de que as empresas têm para contribuir com a sociedade e, talvez, se tornar indispensável a partir de então. Se destacarão empresas que reforçam o cuidado com a segurança e bem estar e não, apenas, vender.
Mesmo que a compra seja online, o pagamento, muitas vezes, pode ser ao entregador; as empresas devem tentar ofertar formas de pagamento digitais e incentivar elas.
Revista Capital Econômico: Com todo mundo em casa, e boa parte da população conectada, quem tem uma reserva para investir em meio à crise, vale a pena apostar em anúncios no Google?
Nathaly Picaglia: Com o aumento do tráfego, o valor pode inflar, pois existe muita procura; só que é importante observar que o aumento do espaço que o Google disponibiliza não irá aumentar. É a famosa “Lei da Oferta e da Procura”, logo é momento de muita cautela.
Revista Capital Econômico: Qual diferencial competitivo você destaca para o atual momento?
Nathaly Picaglia: Humanização! Esta é a tendência que veio forte não só agora, em 2020, mas creio que seja para todo o sempre!
Em vendas online, o consumidor não tem o contato direto com o vendedor. E é por isso que é importante se preocupar com este conceito. Quanto mais natural e humano for a relação com o consumidor, por meio da telinha, maiores são as chances de engajar e converter.
Revista Capital Econômico: E quais conselhos você sugere para trazer à existência este diferencial competitivo?
Nathaly Picaglia: Para tornar o negócio mais real, algumas lições de casa precisam ser seguidas à risca. São elas:
- Criar conteúdos mais personalizados: ou seja, ao invés de criar um único formato de conteúdo para falar com o público em geral, direcionar a comunicação para cada perfil de cliente tem muito mais possibilidades de gerar engajamento.
- Fazer Personas: em marketing digital, persona é um estudo do comportamento e hábitos do público. Quando se tem esses dados, é muito mais fácil desenhar a comunicação, conforme o perfil.
- Entender por segmentação e colocar as pessoas de forma mais correta e assertiva: é como se você estivesse falando o nome delas. Em resumo, colocar perfis em pote
- Produtora de Conteúdo: para aqueles que podem ter a sua própria produtora de conteúdo, este é, também, um grande diferencial, pois a velocidade do conteúdo (das informações) é muito alta, e isso toma muito tempo.
- Humanização: não ter mais o perfeito. O real atraí mais e gera empatia!
- Apostar em formatos de conteúdos em áudio: como blog com áudio, podcasts…. isso, além de trazer inclusão – Acessibilidade na Internet – possibilita outras pessoas a realizarem atividades simultâneas enquanto escuta o conteúdo.
- Aprender a fazer divisão de interesses: separar os interesses é fundamental. De repente, para um tipo de negócio, desenhar a comunicação por persona pode funcionar muito bem. Mas já, para outros, o funil pode ser a melhor saída. começando do topo, meio e fundo de funil.
- E, por fim, não colocar tudo em uma coisa só: é preciso pensar em estratégia, visando o lado do usuário, entender o seu usuário. Em resumo, ter empatia!
Sobre Nathaly Picaglia e a Agência de Marketing Digital Moustache
Nathaly Picaglia é CEO de uma das maiores agência de marketing digital do país: Agência Moustache.
A Agência é conhecida por construir grandes cases ao longo de nove anos de existência. O primeiro de destaque é o jornalista e influencer Hugo Gloss, que contou com a expertise da agência para criação de sua marca e desenvolvimento dos seus portais digitais. Após Gloss, outros cases de sucesso vieram surgindo, como XP Investimentos, Banco24Horas, Primo Rico, Governo do Estado de S. Paulo e JLL. Atualmente o grupo possui operação em São Paulo, Curitiba e Estados Unidos.
Para saber mais, acesse: agenciamoustache.com.br
Sobre a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm)
A ABComm – Associação Brasileira de Comércio é um órgão de livre iniciativa, sem fins lucrativos que reúne representantes de lojas virtuais e empresas nas áreas de tecnologia da informação, organização de eventos, portais de notícias e serviços de marketing para trocar experiências e abrir espaço para que micro e pequenas empresas tenham participação nas discussões sobre o mercado digital brasileiro.
Para saber mais, acesse: Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm)
Sobre Compre e Confie
Empresa de inteligência de mercado focada em E-commerce.
O MOVIMENTO COMPRE & CONFIE foi idealizado para promover a rede de confiança no mercado online, incluindo o consumidor no acompanhamento de transações realizadas com o seu CPF nas lojas participantes, possibilitando a notificação imediata de compras indevidas e avaliação das lojas virtuais.
Para saber mais, acesse: Compre e Confie