No mês de março de 2023, as vendas no varejo caíram 1,8%, em relação ao mesmo período de 2022.
É o que aponta a terceira edição do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, que apresenta dados mensais de movimentação no setor, divulgada nesta quinta-feira, 13.
O estudo é uma iniciativa da Stone, empresa de tecnologia e serviços financeiros que é a principal parceira do empreendedor brasileiro, em parceria com o Instituto Propague.
O Índice Stone Varejo tem como base a metodologia proposta pelo time de Consumer Finance do Federal Reserve Board (FED), que idealizou um modelo de indicador econômico similar nos Estados Unidos.
O objetivo é mapear mensalmente os dados de pequenos a grandes varejistas e divulgar um retrato do varejo nacional.
De acordo com o levantamento, nos resultados registrados no terceiro mês do ano, apenas dois setores registraram crescimento: artigos farmacêuticos (10%) e móveis e eletrodomésticos (1,8%). E cinco segmentos não conseguiram alcançar resultados positivos, com a maior queda no sub-segmento de hipermercados e supermercados (10,3%), seguido por livros, jornais, revistas e papelaria (9,2%), tecidos, vestuários e calçados (4,1%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,4%) e material de construção (1,2%).
“Basicamente, não existem feriados nacionais em março e, historicamente, isso tem influência no comércio de modo geral”, explica o pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, responsável pelo levantamento, Matheus Calvelli.
“O nosso indicador econômico traz uma visão completa a respeito do varejo no país e isso ajuda o empreendedor a entender o mercado nacional, com os movimentos setoriais e as oscilações dos segmentos examinados”, complementa.
Na análise mensal, embora a atividade econômica esteja num nível inferior à registrada no ano passado, há sinais de recuperação. Houve alta de 3,6% no volume de vendas em março, após um fevereiro fraco.
E todos os segmentos apresentaram melhora nesse período, mas três se destacaram: o de móveis e eletrodomésticos (7,9%); tecidos, vestuário e calçados (7,4%); e livros, jornais, revistas e papelarias (7,2%).
Destaques nos dados regionais
Pelo terceiro mês consecutivo, o Espírito Santo se manteve com bom resultado, com crescimento de 6,1% na avaliação anual, sendo o terceiro maior a nível nacional e o maior do eixo Sul-Sudeste.
Os dois estados com resultados melhores que o Espírito Santo foram Acre (11%) e Tocantins (10,2%). Ainda chamaram atenção Paraná (2,2%) e Paraíba (1,3%).
Em fevereiro, o Índice reportou queda significativa nas economias do eixo Sudeste-Sul, com exceção do Espírito Santo.
Em março, São Paulo e Minas Gerais (0,9%) estiveram entre os que mais cresceram.
Entre as regiões mais afetadas, o Rio Grande do Sul (1,1%), por sua vez, teve a terceira maior queda na atividade econômica em março, atrás apenas do Rio Grande do Norte (11,4%) e Sergipe (5,8%).
Segmentos analisados
O Índice de Atividade Econômica Stone Varejo avalia sete segmentos:
1) Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos;
2) Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo;
2.1) Hipermercados e supermercados (é um sub-segmento do segmento 2);
3) Livros, jornais, revistas e papelaria;
4) Móveis e eletrodomésticos;
5) Tecidos, vestuários e calçados;
6) Material de Construção.
Sobre a Stone
Empresa de tecnologia financeira que possui uma plataforma de soluções completas, cujo propósito é melhorar a vida do empreendedor brasileiro, ajudando-o a vender mais, gerir melhor o seu negócio e crescer sempre.
Por meio de tecnologia e inovação, contribui para o fortalecimento e a evolução do mercado.
Com clientes espalhados por todo o Brasil, desenvolve um relacionamento próximo e personalizado com cada um dos lojistas que atende.
Sobre o Instituto Propague
O Instituto Propague é uma instituição sem fins lucrativos que surgiu em 2019 e tem a missão de expandir o debate sobre o sistema financeiro no Brasil por meio da produção de conteúdo, tornando-o mais acessível e inclusivo.
Como plataforma de conteúdo, acredita que compreender o sistema financeiro é fundamental para criar um bom ambiente de negócios, estimular a competição, aprimorar a demanda por serviços e desenvolver inovações.