Vendas no varejo recuam 2,2% em dezembro e acumulam alta de 2,3% em 2018

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Em dezembro de 2018, o comércio varejista nacional caiu 2,2% frente a novembro, na série com ajuste sazonal, descontando grande parte do avanço de 3,1% registrado no mês anterior. Com isso, a média móvel trimestral ficou estável (0,0%).


Na série sem ajuste sazonal, frente a dezembro de 2017, o volume de vendas do comércio varejista cresceu 0,6%. O acumulado no ano foi de 2,3%.

O comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, caiu 1,7% em relação a novembro e a média móvel trimestral variou -0,3%.

Frente a dezembro de 2017, o volume de vendas no varejo ampliado subiu 1,8%, vigésima taxa positiva seguida. O acumulado no ano desta comparação ficou em 5,0%, enquanto que o acumulando nos últimos 12 meses (5,0%) mostrou perda de ritmo desde abril (7,0%). A publicação e o material de apoio estão à direita desta página.

Cinco das oito atividades têm queda de novembro para dezembro

A queda de 2,2% no volume de vendas do comércio varejista, na passagem de novembro para dezembro de 2018, série com ajuste sazonal, foi acompanhada de resultados negativos em cinco das oito atividades pesquisadas. Os recuos que mais influenciaram o resultado de dezembro vieram de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-13,1%), Móveis e eletrodomésticos (-5,1%) e Tecidos, vestuário e calçados (-3,7%). Esses setores mostraram altas acentuadas em novembro (8,3%, 4,2% e 1,7%, respectivamente), principalmente, devido às promoções da Black Friday.

Ainda nessa comparação, o setor de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação teve queda nas vendas (-5,5%), quarta taxa negativa consecutiva, enquanto que Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo teve relativa estabilidade (-0,3%), após acumular alta de 2,0% nos dois meses anteriores.

Por outro lado, com avanço nas vendas frente a novembro, destacam-se Livros, jornais, revistas e papelaria (5,7%), Combustíveis e lubrificantes (1,4%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,4%).

O volume das vendas do comércio varejista ampliado caiu 1,7% em relação a novembro. As vendas de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção recuaram -2,0% e -0,4%, respectivamente.

Em dezembro de 2018, frente a igual mês do ano anterior, o comércio varejista avançou 0,6% com taxas positivas concentradas em três das oito atividades investigadas. Os destaques, por ordem de contribuição positiva na formação da taxa global do varejo, foram para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5%), setor de maior peso na estrutura do varejo, seguido por Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,2%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,2%).


Já a principal pressão negativa em dezembro veio de Móveis e eletrodomésticos (-5,3%), seguido por Tecidos, vestuário e calçados (-1,6%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-24,6%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,3%), enquanto o setor de Combustíveis e lubrificantes (0,0%) apresentou estabilidade após 17 taxas negativas consecutivas.

Com avanço de 1,8% frente a dezembro de 2017, o comércio varejista ampliado registrou a vigésima taxa positiva seguida. Esse resultado refletiu, principalmente, o bom comportamento das vendas de Veículos, motos, partes e peças (7,8%), seguido por Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5%), enquanto Material de construção, com recuo de 0,6%, não exerceu contribuição estatisticamente relevante para o resultado geral de dezembro no varejo ampliado.

No indicador acumulado para janeiro-dezembro de 2018, frente a igual período do ano anterior, o volume de vendas do comércio varejista avançou 2,3%, com seu segundo ano consecutivo de alta nas vendas. Esse comportamento foi acompanhado por três das oito atividades do varejo, justamente as que exerceram o maior impacto no resultado de 2018: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,8%), seguida por Outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,6%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (5,9%). O setor de Equipamentos e material de escritório, informática e comunicação (0,1%) fechou o ano próximo da estabilidade.

Por outro lado, Combustíveis e lubrificantes (-5,0%) exerceu o maior impacto negativo, seguido por Tecidos, vestuário e calçados (-1,6%), Móveis e eletrodomésticos (-1,3%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-14,7%). Com avanço de 5,0% no acumulado de 2018, o comércio varejista ampliado, registrou a décima nona taxa positiva seguida. Esse desempenho foi influenciado, principalmente, pela atividade de Veículos, motos, partes e peças (15,1%), única atividade que cresce a dois dígitos, enquanto Material de construção fechou o ano de 2018 acumulando variação de 3,5%.

O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com avanço de 1,5% frente a dezembro de 2017, registrou a vigésima primeira taxa positiva consecutiva nessa comparação e exerceu o maior impacto na formação da taxa global do varejo. Com isso, a taxa acumulada no ano ficou em 3,8%. O desempenho desta atividade vem sendo beneficiado pelo aumento da população ocupada e a manutenção da massa de rendimento real habitualmente recebida, ao longo de 2018.

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria subiu 7,2% e deu a segunda maior contribuição na taxa do varejo, com sua vigésima variação positiva consecutiva na comparação com igual mês do ano anterior. No acumulado do ano a taxa foi de 5,9%, com ganho de ritmo em relação ao acumulado até novembro (5,7%). Além da já citada manutenção da massa real de rendimentos, o comportamento dos preços dos produtos farmacêuticos ao longo de 2018 e a sua essencialidade explicam esse desempenho.

Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos, etc., teve alta de 2,2% no volume de vendas em relação a dezembro de 2017, completando oito taxas positivas consecutivas, sendo essa última a de menor magnitude. Com isso, as vendas do setor acumularam alta de 7,6% no ano, taxa mais elevada entre as atividades do varejo. No entanto, houve redução de ritmo em relação ao acumulado até novembro (8,4%).

O volume de vendas de Móveis e eletrodomésticos caiu 5,3% em relação a dezembro de 2017 e exerceu o impacto negativo mais intenso no comércio varejista em dezembro de 2018. O acumulado no ano recuou 1,3%. O comportamento negativo deste setor em 2018 foi impactado pela alta base de comparação, pois essa atividade teve altas acentuadas em 2017, beneficiada, pela liberação dos recursos do FGTS, o que não ocorreu em 2018.

O setor de Tecidos, vestuário e calçados caiu 1,6% em relação a dezembro do 2017. O acumulado no ano mostrou recuo de 1,6%. O comportamento negativo deste setor no ano de 2018 foi impactado, em grande medida, pela alta base de comparação, uma vez que esse setor avançou em 2017, beneficiado, em grande parte, pela liberação dos recursos livres vindo do FGTS, fator que não esteve presente ao longo de 2018.

O segmento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação mostrou queda de 3,3% em relação a dezembro de 2017, interrompendo uma série de quatro altas consecutivas. O acumulado em 2018 ficou praticamente estável (0,1%), frente a 2017.

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou queda de 24,6% no volume de vendas, frente a dezembro de 2017. Para o fechamento de 2018, taxa acumulada de janeiro a dezembro foi de -14,7%, recuo mais intenso entre as atividades. O comportamento desta atividade foi impactado pelo fechamento de livrarias em 2018, além do impacto da contínua substituição dos produtos impressos pelo meio eletrônico, em especial, jornais e revistas.

Combustíveis e lubrificantes, ao registrar a estabilidade (0,0%) frente a dezembro de 2017, interrompeu sequência de 17 taxas negativas. Com isso, o setor acumula de janeiro a dezembro uma queda de 5,0%, mas com ganho de ritmo frente ao acumulado até novembro (-5,4%). A elevação dos preços de combustíveis acima da variação média de preços, é o fator relevante que vem influenciando negativamente o desempenho do setor.

O setor de Veículos, motos, partes e peças ao registrar 7,8% em relação a dezembro de 2017, assinalou a vigésima taxa seguida positiva, exercendo a maior contribuição no resultado de dezembro do varejo ampliado. Com isso, o setor cresceu 15,1% em 2018. Esse desempenho foi beneficiado pelo financiamento de veículos e lançamento de novos modelos.

O segmento de Material de Construção caiu 0,6% em relação a dezembro de 2017, após crescer em outubro (6,6%) e novembro (1,3%). No fechamento de 2018, esse segmento subiu 3,5%, com perda de ritmo em relação ao acumulado até novembro (3,9%).


Volume de vendas avança 2,2% no último trimestre de 2018.

Na comparação com igual trimestre de 2017, na série sem ajuste sazonal, o volume do comércio varejista subiu 2,2% no quarto trimestre de 2018 e assinalou o sétimo trimestre consecutivo de alta nas vendas, com variação superior à do terceiro trimestre (1,1%) e segundo trimestre (1,6%), porém inferior ao resultado do primeiro trimestre do ano (4,3%), todas as comparações contra igual período do ano anterior.

No comércio varejista ampliado, o volume de vendas do quarto trimestre de 2018, comparado com o mesmo período de 2017, subiu 4,4% e superou a variação observada no terceiro trimestre (4,0%). Na atividade de Veículos, motos, partes e peças, a variação foi de 13,4% no quarto trimestre, com redução de ritmo em relação aos demais trimestres de 2018, enquanto no segmento de Material de construção registrou taxa de 2,5% no quarto trimestre, com aumento de ritmo em relação ao terceiro trimestre (2,2%).

Vendas caem em 26 das 27 Unidades da Federação

De novembro para dezembro de 2018, na série com ajuste sazonal, a queda no volume de vendas do comércio varejista (-2,2%) foi acompanhado por 26 das 27 Unidades da Federação, com destaque para o Acre (-12,6%) que mostrou a variação negativa mais intensa. Apenas a Paraíba (0,4%) teve variação positiva no volume de vendas.

Ainda nessa comparação, para o comércio varejista ampliado (-1,7%), 23 das 27 Unidades da Federação mostraram recuo nas vendas, com destaque negativo novamente para o estado do Acre (-7,9%). Por outro lado, Roraima (0,9%), Paraíba (0,7%), Minas Gerais (0,2%) e Paraná (0,1%) registraram avanços nas vendas frente a novembro.

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