As alterações do clima, antes reconhecidas como cenário futuro, já fazem parte da realidade atual: eventos extremos de chuva têm causado, de um lado, enchentes e inundações, e de outro, longos períodos de estiagem, com escassez hídrica.
Neste momento, temos ainda a influência do El Niño, fenômeno climático global cíclico, que tem sido intensificado pelas mudanças climáticas advindas do aquecimento global – segundo dados divulgados recentemente pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), órgão das Nações Unidas, a temperatura do planeta já alcançou cerca de 1,1ºC acima do período pré-industrial.
Em virtude do Dia do Consumo Consciente, celebrado em 15 de outubro, a Iguá incentiva a reflexão sobre o papel da água em nosso cotidiano, e como temos agido para mitigar tais efeitos, na busca pela resiliência ambiental.
“O aumento das temperaturas médias globais tem ação direta no ciclo da água, alterando as dinâmicas de disponibilidade do recurso hídrico. Isso pode causar, aumento de tempestades e, ao mesmo tempo, em outros locais, secas mais intensas. O processo vulnerabiliza os mananciais e corpos hídricos, afetando tanto a quantidade, quanto a qualidade de água disponível. Além disso, em situações de extremo calor, por exemplo, há o aumento de consumo, como pudemos constatar na recente onda de altas temperaturas que atingiu o país”, diz Péricles Weber, COO da Iguá Saneamento.
O tema requer muita atenção, ainda mais quando observado de maneira mais sistêmica: segundo estudo recente, dos nove limites planetários estabelecidos, seis foram ultrapassados, o que pode provocar mudanças irreversíveis nas condições que sustentam a vida como a conhecemos. Além do limite de emissões de gases de efeito estufa, se destaca o consumo insustentável de água doce.
O conceito dos “limites planetários” foi criado em 2009, por um grupo de cientistas como forma de avaliar os limites dentro dos quais a humanidade pode viver de forma segura.
A pesquisa que aponta a quebra das barreiras foi publicada na revista Science Advances, em setembro, por pesquisadores do Instituto Potsdam para Pesquisa de Impacto Climático, da Universidade de Copenhague.
Mudanças climáticas afetam ciclo da água
Irrigação, abastecimento urbano e rural, uso animal, mineração e indústrias são alguns exemplos de atividades que usam a água como fator principal – e a previsão é de aumento futuro na demanda. As mudanças climáticas, porém, podem afetar a disponibilidade do recurso.
Dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) indicam que, num cenário de aumento de temperatura entre 4°C e 6°C graus na região Norte, a redução de chuvas pode alcançar até 1,5 milímetro por dia.
No semiárido nordestino, a diminuição dos índices pluviométricos poderá chegar a até 2,5 milímetros por dia na estação chuvosa.
No Sudeste, por sua vez, poderão ocorrer mais chuvas intensas, enquanto no Centro-Oeste aumentará a incidência de ondas de calor.
“Diante desse cenário, a Iguá difunde frequentemente a importância do uso consciente de água por nossos clientes. São realizadas diversas campanhas voltadas para conscientização e engajamento da população. Além disso, a companhia busca, em suas atividades e serviços, reduzir perdas, por meio de investimentos em renovação e manutenção de seus ativos. Promover a digitalização do saneamento, incentivar soluções inovadoras e adotar boas práticas de consumo são pilares fundamentais de nossa atuação”, reforça Péricles
Junto ao Pacto Global da ONU – aliança de empresas, governos e sociedade civil em prol de um desenvolvimento mais justo e sustentável – a Iguá participa dos Movimentos +Água, que busca acelerar a universalização do saneamento e Ambição Net Zero, que apoia companhias a adotar medidas robustas de redução de emissão de gases de efeito estufa.
Campanhas de conscientização
Consciente de seu papel, a Iguá tem promovido, ao longo dos anos, diversas iniciativas pelo uso racional dos recursos hídricos.
Exemplo emblemático é a campanha nacional “Cada gota importa”, lançada em junho de 2023, para mitigar os efeitos da estiagem, divulgar boas práticas e manter o abastecimento da população atendida nos períodos de seca.
A companhia também adota medidas inovadoras para garantir o abastecimento. Entre alguns exemplos de ações está a estação de tratamento de água (ETA) móvel, utilizada na região serrana da concessão da Iguá Rio (municípios de Paty do Alferes e Miguel Pereira), como recurso de enfrentamento de escassez hídrica – tal case foi finalista do 5º Prêmio Sustentabilidade da Abcon Sindcon em 2023.
Já os hidrômetros inteligentes, operados pela Fluxx, unidade de internet das coisas da Iguá, ajudam a identificar e reduzir os vazamentos nos imóveis.
Mais de 40% de toda água consumida da Iguá é medida pelo dispositivo – a companhia é líder no segmento.
A tecnologia permite o monitoramento do consumo de forma digital: os clientes têm os dados na palma da mão por meio do aplicativo Digi Iguá, podendo acompanhar o consumo diário e estabelecer metas para reduzir o desperdício.
Além disso, a Iguá desenvolve um acompanhamento ativo da rede e de sistemas de alarmes em caso de vazamento, o que permite agir rapidamente.
Sobre a Iguá Saneamento:
Companhia controlada pela IG4 Capital, a Iguá atua no gerenciamento e na operação de sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário por meio de concessões e parcerias público-privadas.
Uma das principais empresas do setor no país, está presente em 39 municípios de seis estados brasileiros – Alagoas, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo – com 18 operações que beneficiam mais de 7 milhões de pessoas.
Signatária da Rede Brasil do Pacto Global (iniciativa da Organização das Nações Unidas), a companhia aderiu aos Movimentos 2030, com foco na universalização do saneamento, na segurança hídrica, na redução das emissões de CO2, no aumento de mulheres na liderança e na transparência da gestão do negócio.
Também assumiu o compromisso empresarial brasileiro para a biodiversidade, do CEBDS em parceria com o WBCSD, e aderiu ao call to action do Business for Nature. Recebeu pela Climate Bonds Initiative (CBI) a certificação do primeiro título verde da América Latina para infraestrutura hídrica. Por sua gestão sustentável, em 2022 foi uma das condecoradas no programa de Reconhecimento da International Water Association – IWA Climate Smart Utility e, desde 2021 figura no ranking do GRESB Assessment (Global Real Estate Sustainability Benchmark).
A Iguá também se destacou como líder na categoria de saneamento, gestão de resíduos e infraestrutura no TOP Open Corps 2022, ranking nacional que avalia a relação com startups.
Além disso, oito concessionárias do grupo receberam o Prêmio Nacional de Qualidade em Saneamento (PNQS) no mesmo ano. Em 2022, a companhia foi eleita, pela sexta vez consecutiva, uma excelente empresa para se trabalhar pela consultoria Great Place to Work (GPTW).