Tesouro Direto: como começar a investir em títulos públicos

(Fonte: reprodução/Pexels)

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Com a popularização dos investimentos que vem acontecendo nos últimos anos, o Tesouro Direto ganhou mais destaque.

O Tesouro Direto é o mais famoso título de renda fixa e é indicado para investidores iniciantes ou conservadores, por causa do baixo risco que oferece.

Entretanto, investir em Tesouro Direto também pode ser uma ótima estratégia até mesmo para investidores ousados e experientes.

O que é o Tesouro Direto? 

O Tesouro Direto é um tipo de título público emitido pelo Governo Federal em nome do Tesouro Nacional.

Assim, ao investir nessa modalidade você estará emprestando dinheiro diretamente à União e sendo remunerado por isso.

A emissão desses títulos públicos começou ainda em 2002, mas ganhou bastante popularidade nos últimos anos, como falamos acima.

Afinal, você pode investir no Tesouro Direto a partir de R$ 30,00 e o seu dinheiro não fica “preso” como em outros tipos de investimentos.

Além disso, hoje em dia qualquer banco oferece aos seus clientes formas de investir nessa opção de renda fixa, trazendo mais praticidade.

Quais são os tipos de títulos? 

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não existe apenas um tipo de Tesouro Direto, mas pelo menos 5.

Esses tipos de títulos são baseados no tipo de rendimento que utilizam e no tempo de vencimento. Além disso, também é levado em consideração o tempo que os rendimentos levam para “cair” na conta de rendimento.

O primeiro tipo são os títulos prefixados, onde o investidor sabe exatamente quanto receberá e quando poderá resgatar o seu título, contando com valor investido e o percentual de ganho.

Outro tipo de Tesouro Direto é o pós-fixado, onde você só fica sabendo qual será o critério de rendimento do seu dinheiro, mas não o valor total do lucro.

O último e bastante procurado tipo é o híbrido, em que parte do rendimento é prefixado e parte é pós-fixado.

Agora, conheça as principais opções de Tesouro Direto na tabela abaixo!

Título Retorno Rendimento Tipo de remuneração
Tesouro Selic (LFT) Pós-fixado Selic + Taxa contratada No vencimento
Tesouro Prefixado (LTN) Prefixado Taxa contratada No vencimento
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F) Prefixado Taxa contratada Semestral + vencimento
Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal) Prefixado IPCA + Taxa contratada No vencimento
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B) Prefixado IPCA + Taxa contratada Semestral + vencimento

Como funciona o Tesouro Direto? 

Como nós citamos antes, ao investir no Tesouro Direto você estará emprestando dinheiro ao governo.

Esse dinheiro vai ser usado principalmente no financiamento da dívida pública, e os juros recebidos nada mais são que a remuneração que a União te paga por usar a sua “grana”.

Já o preço dos títulos de Tesouro Direto são definidos pelo Tesouro Nacional, órgão público que acolhe e gerencia o dinheiro dos investidores.

No caso, a maioria dos investidores paga pela fração mínima de 0,01% de um título emitido. Ou seja, se uma pessoa investir R$ 30,00 no Tesouro, será parte dona de um título de R$ 3 mil, aproximadamente.

A rentabilidade desse título de renda fixa, por sua vez, é baseada na volatilidade do mercado financeiro. Porém, de uma forma bem mais sólida e baseada em indicadores perenes como a taxa Selic, por exemplo.

Por fim, vale destacar que qualquer tipo de investimento em Tesouro Direto têm liquidez diária e podem ser resgatados a qualquer momento.

Existe algum custo de manutenção ou cobrança de taxas?

Se você quiser investir no Tesouro Direto saiba que sim, o investimento pode ser taxado.

Primeiramente, algumas instituições financeiras, não todas, cobram para manter os títulos dos seus clientes.

Existe ainda uma taxa de custódia de 0,25% cobrada pela B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) sobre investimentos que ultrapassam R$ 10 mil.

Ou seja, se você tem R$ 12 mil investido em Tesouro Direto, R$ 2 mil a mais que o limite, terá que pagar R$ 5,00 por ano para manter o seu investimento.

Sobre a tributação

Ao investir no Tesouro Direto você pagará Imposto de Renda (IR). Mas você não precisa declarar, pois ele é retido na fonte.

Todavia, quanto mais tempo você mantiver o dinheiro investido, menor será a alíquota cobrada.

A alíquota do IR cobrado começa em 22,5% e pode regredir até 15% se o investidor mantiver o dinheiro investido por mais de dois anos corridos.

Além do Imposto de Renda, você também pode pagar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) caso resgate o investimento antes de ele completar 30 dias.

É seguro? 

Sim, o Tesouro Direto é bastante seguro e uma ótima opção de investimento. Afinal de contas, você estará emprestando dinheiro ao Governo Federal, que jamais deu calote na dívida interna. 

Além disso, os investimentos no Tesouro Direto são assegurados pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que garante até R$ 250 mil investidos se algum problema ocorrer. Esse valor é o limite por CPF.

Tesouro Direto: é possível perder dinheiro? 

Existe uma máxima no mercado financeiro que diz que não existe investimento 100% seguro e ela está totalmente correta.

Porém, é correto afirmar que é quase impossível perder dinheiro investindo no Tesouro Direto, a menos que o investidor ponha dinheiro em títulos pós-fixados e/ou híbridos e faça o resgate antes do vencimento.

Isso porque esses tipos de títulos estão relacionados a algumas taxas que podem subir e descer mais facilmente, como o IPCA, por exemplo. 

Com isso, se o investidor decidir resgatar o título em um mal momento, pode acabar pegando menos dinheiro do que investiu.

Por outro lado, mesmo títulos prefixados podem provocar perda de capital de seus investidores, caso os indicadores econômicos do país declinem no período em que o título esteve em vigência.

Como escolher o melhor título para investir com segurança

O que você tem que ter em mente antes de investir em Tesouro Direto é para quê aquele investimento vai servir, em primeiro lugar.

Assim, definir esse quesito irá nortear a escolha de um algum dos tipos de rentabilidade e liquidez.

Como exemplo, se você deseja investir em algo para o futuro, pode escolher títulos com vencimento mais longo e com rendimento pós-fixados ou híbridos, que geralmente têm rentabilidade maior.

Por outro lado, se você quer guardar dinheiro no Tesouro Direto como uma reserva de emergência, como em uma poupança, por exemplo, o ideal são títulos prefixados, por causa da maior previsibilidade.

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