O Centro de Estudos do Novo Desenvolvimento da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV CND) realizará nos dias 9 e 10 de setembro, a partir das 9h, a 16ª edição do Fórum de Economia. Com o tema Estagnação Secular no Brasil, o evento contará com palestras de acadêmicos e empresários e do ministro da Economia Paulo Guedes.
A finalidade do Fórum é discutir o que fazer no curto e médio prazo na economia brasileira, uma vez que ela está crescendo muito pouco desde os anos 1980. Desse período até 2017, enquanto os países ricos cresciam a uma taxa de 1,7% ao ano e os em desenvolvimento, a 3,1%, o Brasil teve expansão apenas de 0,9% ao ano. Em 2014, o país teve uma grave recessão, e a recuperação tem sido insatisfatória. Tudo indica que o quadro econômico é de estagnação secular.
O Fórum começa com debates sobre como a política macroeconômica pode enfrentar a ameaça de estagnação, e na sequência, apresenta a discussão sobre o populismo conservador e sua aplicação ao caso brasileiro. Na terça-feira, os assuntos a serem abordados serão os determinantes dos ciclos de apreciação cambial no Brasil, a recente interrupção desse ciclo e a possibilidade de recuperação dos investimentos na economia brasileira. Também haverá palestras do ex-ministro Rubens Ricupero, sobre a possibilidade de conciliação entre políticas liberais e antiglobalistas, e do professor Pascaal Petit, da Universidade Paris XIII, sobre a tendência de estagnação secular da economia mundial.
Confira a programação
Segunda-feira – 9 de setembro
08h30-9h – Credenciamento
09h-9h30 – Abertura
Luiz Carlos Bresser-Pereira – Coordenador do Fórum
Yoshiaki Nakano – Diretor da FGV EESP
Luiz Arthur Ledur Brito – Diretor da FGV EAESP
Pedro Wongtschowski – Presidente do IEDI
Clemente Ganz Lúcio – Diretor do DIEESE
9h30 – 10h30 – Palestra: Paulo Guedes (ministro da Economia) – a confirmar
10h45 – 13h15 – 1º Painel – A política macroeconômica está enfrentando a ameaça de uma estagnação secular?
A taxa de juros real caiu substancialmente e a de câmbio pode ser considerada competitiva para a indústria. Por que, então, a recuperação é tão lenta? E o que está errado no curto prazo?
Presidente da Mesa: Pedro Wongtschowski (IEDI)
Expositores: Demian Fiocca (ex-presidente do BNDES); Nelson Barbosa (FGV); Nelson Marconi (FGV) e Paulo Rabello de Castro (ex-presidente do BNDES).
Debatedores: Luiz Fernando de Paula (UFRJ) e Yoshiaki Nakano (FGV)
13h15 – 14h45 – Almoço
14h45 – 17h15 – 2º Painel – O populismo conservador é também um problema brasileiro?
O populismo ou nacionalismo conservador vem tomando conta de países ricos como Estados Unidos, Reino Unido e Itália. Também é o caso do Brasil? Ou temos diferenças expressivas?
Presidente da Mesa: Luiz Felipe de Alencastro (Sorbonne, FGV)
Expositores: André Singer (USP); Brasilio Sallum Jr. (USP); Cláudio Couto (FGV) e Daniela Campello Ribeiro (FGV)
Debatedores: Clemente Ganz (DIEESE) e Marco Antônio Teixeira (FGV)
Terça-feira – 10 de setembro
9h- 10h – Pascal Petit (Paris XIII): “Beyond secular stagnation, investigating transition alternatives”
Comentador: Guilherme Magacho (UFABC)
10h15 – 12h45 – 3º Painel – Por que a taxa de câmbio não voltou a se apreciar depois da crise financeira de 2014?
O ciclo cambial, frequente nos países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, começa com uma crise financeira de balanço de pagamentos acompanhada ou sinalizada por uma forte desvalorização da moeda local. Mas, em seguida, a moeda nacional volta a se valorizar gradualmente. A crise financeira de 2014, porém, não foi uma crise de balanço de pagamentos. A depreciação ocorreu, mas a revalorização vem sendo limitada de forma que o real está hoje mais desvalorizado do que antes da crise desencadeada no segundo semestre de 2014. Por quê?
Presidente da Mesa: Walfrido Warde (Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa).
Expositores: Andre Roncaglia (Unifesp); Eliane Araújo (UEM); Jose Luis Oreiro (UnB); Luiz Carlos Bresser-Pereira (FGV); Marco Flávio da Cunha Resende (UFMG)
Debatedores: Daniela Prates (Unicamp) e Fabio Terra (UFABC)
12h45 – 14h15 – Almoço
14h15 – 15h15 – Rubens Ricupero (ex-ministro da Fazenda e do Meio Ambiente e Amazônia): “É possível conciliar projeto econômico ultraliberal com política externa antiglobalista?”
15h15 – 17h45 – 4º Painel: Diante de uma crise financeira e paralisação dos investimentos privados acompanhados de crise fiscal, como a crise de 2014, o que fazer?
Diante de uma crise financeira acompanhada pela paralisação dos investimentos privados e crise fiscal, o governo brasileiro, desde 2015, vem adotando uma política de corte tanto da despesa corrente quanto dos investimentos. Como avaliar essa política? Seria mais correto cortar a despesa corrente e aumentar os investimentos, como Nelson Barbosa tentou em 2016?
Presidente da Mesa: Andre Clark (Siemens)
Expositores: André Lara Rezende (Lanx Capital); Fábio de Freitas (UFRJ); Manoel Pires (IBRE-FGV) e Vilma da Conceição Pinto (IBRE-FGV)
Debatedores: Gabriel Galípolo (Banco Fator) e Marco Antonio Lima (ABDE)
17h45 – Encerramento
Serviço – 16º Fórum de Economia da FGV
Data: 9 e 10 de setembro de 2019
Horário: 8h30 – 17h45
Local: Rua Itapeva, 432 – 4º andar – salão Nobre