Startups precisam ter clareza sobre uso de recursos para captar investimentos

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Nesse cenário, em que há uma maior contenção dos investimentos no setor de tecnologia e inovação, é preciso que as startups tenham muito claro como os recursos disponibilizados serão empregados para atingir o objetivo do negócio.

Para isso, é preciso ter um setor financeiro profissionalizado e capaz de demonstrar que o discurso da empresa se alinha com a prática da gestão.

Para Fernando Trota, cofundador e CEO da Triven. empresa  especialista em serviços financeiros para startups, não basta elaborar um pitch deck matador, possuir um capital humano de alta performance e já ter o capital alocado.

Para atingir o objetivo de negócio, uma startup também precisa fazer uma gestão eficiente desses recursos.

“Ter uma rotina financeira eficaz é fundamental para otimização dos processos e uma boa gestão permite que a startup possa se sustentar no mercado a longo prazo, além de ser um sinal positivo de boa governança financeira para os investidores”, observa Fernando Trota,  que vivencia o mercado financeiro há mais de 20 anos, sete deles focados na realidade das startups.

Fernando ressalta que um processo financeiro bem estruturado é uma demonstração de maturidade e um fator essencial para o crescimento sustentável de uma startup.

Outro ponto importante é que a escalabilidade do negócio depende diretamente da saúde financeira.

“A otimização de rotinas financeiras gera um impacto direto em aspectos altamente sensíveis para o empreendedor. A falta de governança financeira, por sua vez, pode contribuir para um menor valuation da empresa, e maior diluição nas rodadas de investimento”, alerta o especialista.

É neste contexto que o CFO as a Service, modelo em que a gestão do setor financeiro é terceirizada e feita por uma empresa especializada, pode ser determinante para a sobrevivência da startup, pois consiste numa opção mais econômica e que vai dar à gestão todo suporte necessário para definir os melhores caminhos para o crescimento.

A Triven é uma empresa de serviços de backoffice com foco em startups, fornecendo tecnologia e consultoria para apoiar os gestores na administração financeira do negócio e na tomada de decisões estratégicas, com serviço personalizado.

A empresa, fundada em 2015, atende hoje 49 clientes e já atuou  em mais de 125 startups com as verticais de CFO as a Service e Advisory (consultoria financeira) em diferentes regiões do Brasil, sendo pioneira no modelo de CFO as a Service no país.

A empresa faturou R$ 3,9 milhões  em 2021 e pretende chegar a R$ 5,3 milhões este ano.

Captação planejada

Para Fernando, a captação de investimentos sem planejamento pode gerar problemas futuros. “Você precisa saber onde vai alocar o recurso que está captando e até se o é o momento de fazer essa captação. Um crescimento menor, mas feito de uma forma planejada pode ser melhor do que um grande crescimento que depois se conclui que não levou ao lugar onde se pretendia chegar”, orienta.

O conhecimento e avaliação do setor financeiro da startup também é essencial no momento de se tomar decisões importantes para o futuro da empresa.

É nesse ponto que o advisory, ou seja, uma consultoria financeira – serviço com o qual a Triven também atua – pode ser decisivo para se tomar o melhor caminho, avaliando o momento e as possibilidades da startup e indicando direcionamentos mais assertivos.

Além disso, a consultoria também pode levantar, analisar e fornecer todos os dados necessários para o pitch deck e apresentações em momentos de captação.

“Durante a jornada de Customer Development, perguntas difíceis precisam ser respondidas, por isso é importante reunir dados, especialistas e tecnologias de ponta para analisar, estruturar e atacar cenários complexos”, destaca Fernando.

Hoje, a Triven tem cinco verticais de negócio: além da gestão financeira recorrente (CFO as a Service) e consultoria (Advisory), a empresa atua na gestão de portfólio de investimentos para fundos de VC; contabilidade e jurídico.

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