Setor de serviços interrompe dois meses de alta e recua 0,1% em novembro

Perda de ritmo da indústria impactou o transporte rodoviário de cargas em novembro - Foto: Simone Mello/Agência IBGE Notícias

O volume de serviços recuou 0,1% em novembro, na comparação com o mês anterior, após dois resultados positivos em setembro e outubro. Já em relação a novembro de 2018, houve crescimento de 1,8%, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada hoje (14) pelo IBGE. No acumulado do ano, o setor avançou 0,9%.

Para o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, a leitura do mês mostra um saldo positivo para o setor no ano. “É uma acomodação dos últimos dois resultados. Tivemos setembro com alta de 1,5% e outubro com alta de 0,8%, acumulando 2,2% no período. Se analisamos de julho a novembro, o volume de serviços cresceu 2,9%”, explica, lembrando que o volume de serviços ainda está 9,8% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014.

De outubro para novembro, houve quedas em três das cinco atividades: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,7%), serviços de informação e comunicação (-0,4%) e serviços prestados às famílias (-1,5%).

Gráfico-IBGE-2020-1-14

“A perda de fôlego é explicada pelo recuo no setor de transportes, pressionado, principalmente, pelo transporte rodoviário de cargas, que é ligado à indústria, um setor que está tendo dificuldade. Então se há uma perda de ritmo na indústria, isso acaba impactando o transporte rodoviário de cargas”, diz Rodrigo Lobo.

“Tivemos um recuo também dos serviços de informação e comunicação, em decorrência da diminuição de serviços na tecnologia da informação e da exibição cinematográfica. Outro recuo foi nos serviços prestados às famílias, relacionados ao hotéis e serviços de bufê”, conclui o gerente da pesquisa. As taxas foram positivas em outros serviços (1,7%) e nos serviços profissionais, administrativos e complementares (0,1%).

No índice acumulado de janeiro a novembro de 2019, frente a igual período de 2018, o setor de serviços avançou 0,9%, com expansão em quatro das cinco atividades: serviços de informação e comunicação (3,3%), outros serviços (5,2%), serviços prestados às famílias (3,3%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (0,5%). A única influência negativa do acumulado de janeiro a novembro de 2019 ficou com o segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-2,6%).

Regionalmente, em relação a outubro, o volume de serviços recuou em 16 das 27 unidades da federação, com destaque para Mato Grosso (-5,7%), Minas Gerais (-1,1%), Pernambuco (-3,0%), Santa Catarina (-1,8%) e Espírito Santo (-3,5%). Já os principais resultados positivos em termos regionais vieram do Rio de Janeiro (0,8%) e do Distrito Federal (0,9%).

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