Secex e IBRAC criam “Aprendendo a Exportar Cachaça”

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Com o objetivo de facilitar e incentivar a exportação da Cachaça, especialmente aquela produzida por micro e pequenas empresas, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia e o Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC) assinaram um Acordo de Cooperação Técnica, que permitirá o desenvolvimento de versão setorial do projeto “Aprendendo a Exportar”, destinada exclusivamente ao setor da Cachaça.

Em 2018, o Brasil exportou 8,4 milhões de litros de Cachaça, valor que representa pequena queda (-3,8%) em relação a 2017 (8,7 milhões de litros exportados). Atualmente, a Cachaça é exportada para mais de 60 países. Na avaliação do IBRAC, o volume exportado não representa o potencial do setor de Cachaça. Dados apontam que menos de 1% do volume produzido anualmente no Brasil seja exportado. A expectativa da Secex é que o “Aprendendo a Exportar Cachaça” contribua para mudar esse cenário.
O “Aprendendo a Exportar Cachaça”, assim como a versão mais ampla do programa, será disponibilizado gratuitamente no site www.aprendendoaexportar.gov.br. A iniciativa da Secex disponibiliza ferramentas e instrumentos para a difusão da cultura exportadora no Brasil. A série “Aprendendo a Exportar” ainda auxilia empresas em diversas etapas relacionadas ao processo exportador. O site registra cerca de 20 mil acessos mensais, principalmente de empresas, acadêmicos, instituições públicas e privadas, artesãos, agricultores e consultores.

“A versão para exportação de Cachaça inaugura uma nova fase do programa, com a produção e atualização de versões setoriais. A ação é realizada em parceria com as entidades de classe”, informa Victor Maselli, coordenador geral de programas de apoio à exportação do Ministério da Economia. Segundo ele, o principal propósito é levar informações específicas para os setores com potencial exportador, principalmente aqueles compostos predominantemente por pequenas e médias empresas.
De acordo com Carlos Lima, diretor executivo do IBRAC, um dos grandes desafios, mesmo com o apoio de vários agentes governamentais, é a inserção de micro e pequenas empresas do setor no cenário internacional. “Mais de 95% dos produtores de Cachaça são micro e pequenas empresas. Considerando esse dado, prover melhores informações que possam resultar na internacionalização dessas empresas é uma missão de todos os agentes envolvidos. A elaboração do “Aprendendo a Exportar Cachaça” poderá beneficiar empresários que necessitam compreender os procedimentos, etapas e cuidados para exportar seus produtos de forma sustentável e segura e contribuir para despertá-los para a oportunidade representada pelas exportações”, destaca.

A Cachaça – A Cachaça é a primeira Indicação Geográfica do Brasil, o que garante a exclusividade do uso do termo por produtos brasileiros em mercados como a Colômbia, México e Estados Unidos. Atualmente, há cerca de 1,5 mil produtores nacionais, instalados em todas as regiões nacionais, registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Ao longo dos últimos anos, o setor tem enfrentado inúmeros desafios, como promover o aumento das suas exportações, a inserção de micro e pequenas empresas no mercado internacional, e o reconhecimento internacional como bebida genuína e exclusiva do Brasil.
“É fundamental a implantação, a manutenção e o aperfeiçoamento de políticas públicas para o crescimento e a diversificação da pauta exportadora. Tendo em vista a dimensão do setor, presente em praticamente todas as unidades da federação, a quantidade de estabelecimentos produtores e a aceitação que o produto tem obtido no exterior, considera-se que existe um bom potencial para a expansão das suas exportações, seja mediante a inclusão de novos estabelecimentos e marcas, seja em termos do incremento do volume exportado ou, principalmente, mediante a agregação de valor ao produto”, ressalta Lima.

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