A expectativa mediana dos consumidores para a inflação nos 12 meses seguintes recuou 0,1%, de 5,4% em junho para 5,3% em julho. Em relação ao mesmo mês do ano anterior houve queda de 0,1 ponto percentual.
“É provável que a ligeira queda da expectativa de inflação dos consumidores esteja refletindo os resultados favoráveis da inflação de junho, como o recuo dos preços dos alimentos, da gasolina, gás de botijão e das tarifas de energia elétrica, que compõem grande parte da cesta de consumo das famílias, principalmente daquelas de menor renda. Para os próximos meses, dado que a inflação segue controlada e que as projeções dos analistas continuam a cair, é possível que a expectativa dos consumidores mantenha a tendência de desaceleração”, afirma Renata de Mello Franco, economista da FGV/IBRE.
Analisando a frequência da inflação prevista por faixas de respostas, a parcela dos consumidores que projetam valores abaixo da meta de inflação para 2019 (de 4,25%), aumentou de 33,4% em junho para 37,7% em julho. Enquanto isso, a proporção de consumidores projetando valores igual ou superior à meta de inflação para 2019 caiu 4,3 ponto percentual (p.p.), para 62,3%.
Na análise por faixas de renda, as maiores quedas em julho nas expectativas medianas para a inflação nos 12 meses seguintes ocorreram nos extremos. Para as famílias com renda familiar mensal até R$ 2.100,00 a expectativa mediana diminuiu 0,3 p.p., para 5,9%, o menor valor desde julho do ano passado (5,8%). Para os consumidores de renda superior a R$ 9.600, o valor caiu 0,2 p.p., para 4,5%, o menor valor desde março deste ano.